Nem sei se tanto...

Brinco de escrever. Crio mundos e situações que ma aprazem, me libertam por assim dizer. Queria escrever algo imaginário para libertar-me agora. É duro ter que usar esse espaço para declarar-me perdido, para declarar-me zumbi de cova rasa.

Não dá pra falar em desigualdades, maldades, destruições atômicas ou mesmo saudades, chega um momento que o próprio umbigo dói e só consigo pensar no desejo que a dor pare. Que não agüento mais tanta humilhação, e só de escrever isso terei que passar por novas retaliações. Ninguém disse que era justo ou que seria fácil, isso eu sei. Às vezes precisam parar de chicotear as costas da gente, senão a gente desmaia ou tem uma hemorragia fatal.

Desculpem-me por esse desabafo, essa casa de escritores merece mais de mim. Até lá, uma breve despedida, espero.

Toda forma de alegria já criada pelo homem, todos os meus sorrisos, minhas lembranças boas, todas as vitórias que ao de vir, toda essa catarse que se soma e multiplica fazendo de mim o que sou, lhes deixo em forma de oração.

Cresci muito em sua companhia. Muito obrigado, até breve, até brisa, até sol.