O Curioso (Ao?)
O cara que se esconde.
(Ao?)
Em apelido, em imagem,
Em intérprete, em personagem.
Com alguma roupagem.
O curioso
pouco fala de si
Muito busca para si.
Pouco ouve, muito lê.
Nada escreve.
Lendo, ouve vozes
Se muitas letras,
Os sons ensurdecem.
Fecha os olhos,
Tapa os ouvidos.
Reabre, repensa...
As palavras não eram tão ruins...
Revê. Remexe conceitos.
Curioso, lê.
Muito lê.
Imagina entrelinhas
Curioso, Curioso quer mais,
Relê.
Já sente uns efeitos.
Pede novas letras,
Novas palavras,
Mais vozes.
O curioso queria ser só
Estar só.
Reclusão.
Firma compromisso,
Disciplina interna
Ritual de auto-obediência.
Consegue.
Talento a ermitão?
Penso que não.
Curioso talvez seja assim,
Sujeito boa praça,
Meio perdido, quem sabe.
Frequentador de muitos ambientes, muitas salas,
Nem todas tão ortodoxamente corretas,
Mas, nessa hora,
É aonde cabe.
Curioso sabe de si.
Sabe que sabe, o que sabe, e do que sabe.
Sabendo, separa o bacana do vulgar
O corriqueiro, o chulo, do inusitado
(ele só não sabe se tudo sabe...)
Curioso lá,
observando.
Será que Curioso sabe o quanto de si é curioso?
Curioso deveria aguçar a curiosidade sobre si mesmo,
Desatar as cotoveleiras.
Aquelas que a vida foi impondo.
Afrouxar amarras
Exercitar as falas,
que venham, que saiam.
Por todos os poros – falar pelos cotovelos,
às vezes,
É muito bom!!!
Desopila fígados como raros desobstruidores conseguiriam
Cantar, Curioso.
Cante, dance, rodopie, se quiser.
Brinque, role no chão, ria,
Sorria,
Gargalhe!
Curioso,
Faça um pedido a você mesmo,
ou firme um acordo com você mesmo
(se assim funciona melhor):
Viva, seja feliz!
Agir assim é impagável, é curador.
Acredite, Curioso.
Mas, para isso,
É preciso abrir mão de algumas adultices,
deixar que despontem novas curiosidades,
talvez mais leves,
Puxar lá do fundo as nossas meninices,
Querer jogar fora idiotices
Aquelas,
Que aprendemos por aí.
O cara que se esconde.
(Ao?)
Em apelido, em imagem,
Em intérprete, em personagem.
Com alguma roupagem.
O curioso
pouco fala de si
Muito busca para si.
Pouco ouve, muito lê.
Nada escreve.
Lendo, ouve vozes
Se muitas letras,
Os sons ensurdecem.
Fecha os olhos,
Tapa os ouvidos.
Reabre, repensa...
As palavras não eram tão ruins...
Revê. Remexe conceitos.
Curioso, lê.
Muito lê.
Imagina entrelinhas
Curioso, Curioso quer mais,
Relê.
Já sente uns efeitos.
Pede novas letras,
Novas palavras,
Mais vozes.
O curioso queria ser só
Estar só.
Reclusão.
Firma compromisso,
Disciplina interna
Ritual de auto-obediência.
Consegue.
Talento a ermitão?
Penso que não.
Curioso talvez seja assim,
Sujeito boa praça,
Meio perdido, quem sabe.
Frequentador de muitos ambientes, muitas salas,
Nem todas tão ortodoxamente corretas,
Mas, nessa hora,
É aonde cabe.
Curioso sabe de si.
Sabe que sabe, o que sabe, e do que sabe.
Sabendo, separa o bacana do vulgar
O corriqueiro, o chulo, do inusitado
(ele só não sabe se tudo sabe...)
Curioso lá,
observando.
Será que Curioso sabe o quanto de si é curioso?
Curioso deveria aguçar a curiosidade sobre si mesmo,
Desatar as cotoveleiras.
Aquelas que a vida foi impondo.
Afrouxar amarras
Exercitar as falas,
que venham, que saiam.
Por todos os poros – falar pelos cotovelos,
às vezes,
É muito bom!!!
Desopila fígados como raros desobstruidores conseguiriam
Cantar, Curioso.
Cante, dance, rodopie, se quiser.
Brinque, role no chão, ria,
Sorria,
Gargalhe!
Curioso,
Faça um pedido a você mesmo,
ou firme um acordo com você mesmo
(se assim funciona melhor):
Viva, seja feliz!
Agir assim é impagável, é curador.
Acredite, Curioso.
Mas, para isso,
É preciso abrir mão de algumas adultices,
deixar que despontem novas curiosidades,
talvez mais leves,
Puxar lá do fundo as nossas meninices,
Querer jogar fora idiotices
Aquelas,
Que aprendemos por aí.