CARTA AO POETA ARNALDO FARIAS

Querido Arnaldo Farias,

Na poesia, mestre e irmão,

Peço in meus versos matuto,

A sua otorização.

Vô o quinto CD gravá,

Se você me otorizá,

Eu lhe agradeço purisso;

Agradicido a você,

Vô decramá no CD,

A ISTÁUTA DE PADE CIÇO.

Se você tombém mandá,

SIVIRINO MINHOCÃO,

Vô fazê o povão surrí,

Do litorá p’ru sertão.

Lhe juro, sem milacria:

Nêsse mundo de hoje in dia,

Digo uma frase sincera;

Meu irmão, meu camarada,

Quem provoca uma risada,

Tá fazendo uma coisa séra.

Vai tê poema de amô,

Vai tê poema sacana,

Vai tê lirirmo, humô,

Gravo ainda essa sumana.

Tô isperando vagá,

Prumode no istúdio, entrá,

Tô isperando minha vêiz;

Digo, cum gôsto profundo:

O CD vai tá no mundo,

No cumêcíin do ôto mêis.

Tu sabe qui eu sô nascido,

In Natá, no Potengí,

mais me criei nais caatinga,

Do sertão do Carirí.

Nêsses versos qui lhe faço,

Tô, sem quaiqué imbaraço,

Dando conta do meu prano;

Arreceba o abraço bruto,

Dêsse poeta matuto,

Cum nome de americano...

Abraços,

Bob Motta

NATAL-RN

20.JUN.2010

Bob Motta
Enviado por Bob Motta em 20/06/2010
Reeditado em 20/06/2010
Código do texto: T2331561
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