Respirá-lo. Senti-lo. Tocá-lo.
Estou um pouco confuso. Imaginando, tudo o que aconteceu comigo... Foram tantas coisas. Eu já me perdi e me reencontrei, quis me perder e depois encontrar. A vida está confusa, e eu, sigo tentando: confuso igual. Perdido. Eu, sinceramente, não sei o que quero. Não sei o que querer. Para quem nada quer, qualquer coisa basta. Por menor e distante que seja. Eu só quero poder te querer. E te querer com tudo o que posso. Não sei se é amor, só sei que não quero te perder. Odeio o seu stand-by. Irrito-me. Queria ter um manual de instruções, para saber como te ligar. Como te programar e fazer passar só um canal. Um único programa, que realmente prende minha audiência: Você. Eu nunca quis perder, porque eu ficaria perdido – como aqui estou. Não sei mais quem sou. Ou: que sou? Muito menos o porquê de ser... A vida me deixou assim. Meio confuso, incontrolável. Inconstante. Quem me dera fugir de mim! Quem me dera... Pronto! Falei de mim... Só que eu sou um pouco egoísta. Então, irei falar: eu acredito no amor. Sei que o amor é para mim. Isso eu sei, mas saber, não me garante sentir. Eu quero sentir o amor. Respirá-lo para senti-lo e depois tocá-lo. Amá-lo. Eu sinto que posso! Sim, eu posso sentir. Amar, o doce verbo que toca no âmago obscuro de meu ser. Tocar. É o que falta a nossos lábios. Tocaram-se. E como horizonte toca o infinito, mudar a essência do amor. Mudança, indubitável certeza. Incerteza. Duvida cruel. São tantas as palavras que passam pela minha mente: mas nenhuma consegue significar o que não desejo. Eu sei, eu ouso e eu quero. Talvez, quem sabe, faltar-me-ia. Eu não consigo fazer minha voz calar. Não... Eu não consigo. Também não se quero. Nada sei dessa vida. Mas sigo a tentar, e tentando eu aprendo. Mesmo continuando sem saber. Eu prefiro assim: sem saber o porquê fica mais fácil aceitar: porque você foi? Por quê? São tantas perguntas para pouco papel. Eu não tenho a ousadia de me chamar poeta: mas eu finjo a alegria que deveras sinto. Sorrindo eu levo a vida. E cheio de lagrimas, ela vai te levando de mim. Oh! Cruel e insana loucura, vós que sois a madre-pérola da vida: Oh!Tu! Tenhas piedade de mim. Apieda-te de meus tormentos e traz-me aquele que tanto amo. Amo em todo. Sem metades ou totalidades: amo-o suficiente e amo o suficiente que o amo. Só queria poder, e adoraria que fosse verdade, que quando a manhã do novo amanhã chegar: que eu possa te ver! Nem que seja só o tempo de um abraço. Porque em seus braços e abraços, eu encontrei mais segurança do eu mesmo pudesse criar. Encerro-me dentro de mim. Mas quando estou por fugir, uma voz meio rouca e sabia que vem do profundo de mim, diz-me:
-Para sempre seu...