O ÚRTIMO RECADO DO ANO - Aos leitores da minha coluna Cantinho do Zé Povo - O Jornal de Hoje - NATAL-RN

Eita, minha gente!

Tai meu ÚRTIMO RECADO DO ANO, ao estilo do ZÉ POVO MATUTO, na sua linguage simpres, disreverente, sôrta, livre de canga e corda, sem arestas aparada, sem pêia e sem cabresto. Mais êsse ÚRTIMO RECADO eu peço a DEUS que seja só do ano; que eu inda possa mandá muntos recado prá Vossas Insolença, e principamente prá minha querida personege viva, quage uma irmã, Maria Rita, aquela mêrma que já fêiz e faiz parte de quaiqué presepe qui eu me proponha a contá. É qui ela, Maria Rita, sem encontra na UTI do hospitá in Campina Grande, cum um danado de um AVC, sofrendo e me fazendo sofrê cum seu sufrimento...Ela é filha da sardosa Dona Maria Preta, e a izempro da mãe, tombém foi cunzinhêra da Fazenda Pocíin, nuis Estados Unidos de Cabacêra-PB. Que Deus, a cure e qui nóis possa ainda cunvivê cum seus “PRESÉPE” por munto tempo... O ôto recado é de agradecimento; a Deus, por tudo qui êle me deu nêsse ano, incrusivre pru minha netinha Maria Fernanda qui tá chega num chega; Craudinha, minha fí, tá cum o bucho maió do qui o meu; tá quage “dispejando” sua cria prá minha felicidade... Lái vai mais agradecimento ao Dr. Marcos Aurélio, pru mais um ano de parceria; assim cumo aos meus amigo da SIMAS INDUSTRIAL DE ALIMENTOS S/A, pru acreditá na seriedade do meu trabái qui tenta fazê vocêis tudíin surrí a cada “sabo cêdo”... A vocêis, meus querido leitô e querida leitôra, um agradecimento do tamãe da felicidade de tê a honra da leitura de vocêis... Vocêis num imagina cuma é gratificante prá êsse matuto véio, nascido aqui na bêra da praia e criado no mêi dais queima de espíin do Cariri paraibano, incontrá quaiqué um de vocêis qui se identifica prá eu, dizendo qui é meu leitô ô minha leitora; o coração véi chêi de “stend”, cum mais remendo do qui cama de ar de bicireta de pobre, só farta saí pura bôca; bate discumpassado, pega fogo e ais vêiz a fumaça sai puro canto duis zóio, de tanta emoção qui vocêis me passa. Digo sem medo de errá, qui tenho a impressão qui cada um duis meu leitô, se já num era, se transfoimô num amigo meu ô numa amiga minha... Nêsse fim de ano, tô cum meu terceiro CD na praça; BUDEGA VÉIA APRESENTA BOB MOTTA VOL.III – NO SERTÃO ONDE EU MOREI – 30 ANO DE POESIA MATUTA, onde tem 13 poema matuto, cum acumpanhamento do violão de Zé Ógusto Júnior, um duis mió violonista do Rio Grande do Norte. Tem poema prá todo gôsto, incrusive a faixa no. 10, qui é BARES E CABARÉS DE NATÁ NUIS ANO SESSENTA e a no. 02, qui é ONDE A GENTE FÊIZ AMÔ...Fora essas duas, qui é uis carro chefe do trabái, tem mais onze mode lhe agradá. Quem quisé, é só ligá prá o (84) 9965-6080, qui eu vô intregá na sua mão... O CD teve a parceria duis AMIGOS Natal Veículos, Espacial Veículos e Peças, Armazém Ribeira, Budega Véia, SINDIPETRO, Simas Industrial, e de mais dois cabra “peda noventa” qui num são pessoa jurídica mais qui são pessoa física da mió qualidade, qui é o Dep. João Maia e nosso Pte. do Senado, Garibaldi Filho... Finalizando, uma FULERAGE bem miudinha. Um pároco de uma Igreja do interior nordestino, tava na porta da igreja, quando viu passá uma menina aparentando uns deiz ano de idade, tangendo “um mói” de cabras. O padre, vendo aquela menina bêrando a dirnutrição, chamo e preguntô:

- Ô minha fílha; prá onde você vai tangendo essas cabras ?

- Foi pai, seu pade; qui pidiu mode eu levá elas no chiquêro de seu Zeca, mode o bode cubrí elas...

- E esse serviço não poderia ser feito por seu pai ou por seu irmão ?

E a menina, bem séra:

- Não, seu pade; tem qui sê feito por um bode mêêêrmo!...

Bob Motta
Enviado por Bob Motta em 27/12/2008
Código do texto: T1354881
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