Talvez eu nunca te envie
essa carta que eu nunca termine
Se ela nunca chegar
não se aborreça ou se ofenda
só respeite
Entenda que não é por má vontade
sequer, falta de interesse

Talvez eu nunca te envie carta alguma
nem ao menos um bilhete...

Me perco agora - sob o efeito da vodka -
contemplo do pé, o dedo
- o segundo -
que um dia para mim 
fôra o preferido
E hoje, o mais torto e feio

Retorno ao papel, à caneta
me policio
Bem, é isso
Talvez essa carta nunca chegue
só e tão só
porque me policio pouco.
Jaqueline Serávia
Enviado por Jaqueline Serávia em 05/08/2008
Código do texto: T1113379
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