A prece do Soldado
"Hoje... é o primeiro dia do meu amanha...
Ainda posso sentir os rastros do gas no ar,
O ruído de cada bomba que ontem detonou
E levou um soldado, amigo à morte por azar,
Crianças e mulheres gritando, se lamentando
Entre lágrimas amargas e o medo estampado
No olhos da morte que ontem deixou de viver"
"Que ruído é esse... que canto é esse!?...
Um som rasgado, a vitória na palavra morrer
Ou a tristeza na doentia sede da vingança!"
Hoje... mais uma vez o soldado irá combater
E este poema e lamento eu hei-de escrever,
A guerra estremecendo a solidão desta noite
Com tristeza, chaos, esperança e dignidade,
Com sonhos de sobreviver e dessa liberdade
Para um melhor mundo, que há tanto tempo
Desapareceu entre nós próprios... o inimigo!
"A vida é repleta de vazios, de preconceitos,
Meu coração frio tão repleto de extrema dor
Mas tambem à procura da semente do amor;
E esta corrida atrás da justiça, da igualdade
É nossa recompensa, a nossa uníca verdade;
E a cada segundo deste dia que deixa de ser
Eu tremo e choro com a esperança de viver..."
"Diaries of War" - Salomé (The Soldier's Prayer)