Cartas de Um Viajante - XIV

Eu corro para o mar, sem forma, sem lar... Eu que agora acabo por descobrir o que sou. Na noite pessoas gritavam: "Loup-garou! Loup-garou!"

Nem lobo, nem homem, este sou eu. Alguém sem terra e sem forma, um reles fantasma em forma de besta, assustado pelos vapores noturnos da cólera humana. Pessoas em fúria corriam atrás de mim.

Eu consegui ver o que a escuridão esconde dentro de teu véu.

Com olhos melhores... Eu consegui senti os odores que o sub-solo protege.

Com um olfato melhor... Eu consegui ouvir o mar.

Com ouvidos melhores... Eu corro para o mar, muito mais rápido.

Eu sinto, eu vejo, e eu vou conseguir tocar o mar!

Ralph Wüf
Enviado por Ralph Wüf em 06/06/2008
Reeditado em 06/06/2008
Código do texto: T1021705
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