O RISO LOUCO DE DEMÓCRITO DE ABDERA (460-370 A.C.)
Nascimento e formação intelectual de Demócrito de Abdera
Demócrito de Abdera nasceu em Abdera, na Grécia, por volta de 460 a.C. Descendente de família nobre, aprofundou seus conhecimentos viajando por diversas cidades. Esteve em Atenas, Egito, Pérsia, Babilônia, Etiópia e Índia. Estudou filosofia, matemática, física, astronomia, ética, linguística e música.
Leucipo de Mileto - mestre de Demócrito de Abdera
Por volta de 478 a.C., o filósofo Leucipo de Mileto fixou-se em Abdera, uma colônia jônica na Trácia, para onde muitos jônios migraram na época do conflito com os persas. Conhecia bem a filosofia dos Eleatas e buscou oferecer respostas para alguns dos seus problemas teóricos. O filósofo acreditava que o universo era constituído por elementos indivisíveis e pelo vazio, e que os movimentos desses elementos, gerando união ou separação, produziam ou destruíam os materiais.
Leucipo de Mileto não deixou escritos das suas reflexões, que permaneceram e foram melhoradas pelo seu discípulo Demócrito.
A Teoria de Demócrito de Abdera
Demócrito de Abdera foi o principal representante dos atomistas. Para o filósofo não havia deuses e nenhuma classe de representações tomadas da vida humana. O que havia eram átomos, assim definidos: "[...] corpúsculos minúsculos, últimos invisíveis, todos da mesma qualidade, ainda diferentes em sua magnitude e em sua forma" (HIRSCHBERGER, p. 22, 1973).
Os princípios fundamentais da filosofia atomista de Demócrito são assim descritos por Diógenes Laércio (DL IX 44): “Os princípios de todas as coisas são os átomos e o vazio, e todo o resto só existe por convenção. Os mundos são ilimitados e sujeitos à geração e à corrupção. Nada poderia ser engendrado a partir do não ser, e nada poderia, corrompendo-se, retornar ao não ser. Os átomos são ilimitados em grandeza e número, eanimado por um movimento em turbilhão no universo, o que tem por efeito engendrar todos os compostos.”
Por conceitos acessórios Demócrito só utiliza o espaço vazio e a natureza eterna. Esses átomos caem da eternidade no espaço vazio e tudo que existe deles se compõem. Aqui está lançado o germe da ideia moderna (GOMES, p. 13).
Demócrito preocupou-se, mais do que qualquer filósofo anterior, com a incerteza das impressões sensíveis. Sua explicação do universo parece ser uma síntese tanto da doutrina eleática (ser) como da teoria de Heráclito (devir). Demócrito estabeleceu os princípios de cheio e vazio para substituir a ideia do ser único e ideia da fluência constante e perpétua. O que se tem então é o conceito de ser e de não ser. O ser são os átomos, cujo o número é infinito, diferenciando-se entre eles por sua ordem, figura e posição. Os átomos são elementos cujas determinações gerais são geométricas e, por conseguinte, quantitativas. Seu movimento se efetua no vazio, que é, por assim dizer, o lugar das mudanças e não o simples nada, pois o vazio existe de modo efetivo, ainda em forma distinta do ser sólido e cheio que são os átomos. Assim, o movimento que tem lugar no vazio é impulsionado por uma força externa que junta e desagrega as coisas como o amor e o ódio. Os átomos são eternos e incausados porque são os primeiros a partir dos quais as coisas chegam à existência. Porém, sua eternidade pertence também ao seu movimento, que se efetua assim de um modo inteiramente mecânico, com um rigoroso encadeamento causal que não é um simples azar, “pois tudo acontece pela razão e pela necessidade”. Os átomos constituem o ser “das coisas que são”, e, portanto, não só das físicas, senão das que parecem imateriais, da alma que está composta de átomos de fogo, quer dizer, de átomos redondos impulsionados pelo mais rápido movimento (FERRATER MORA, 1988, p. 741).
Segundo Ferrater Mora (1988, p. 741), a solução oferecida por Demócrito é uma das grandes soluções clássicas ao problema do ser e em particular ao problema do devir, solução tanto mais precisa quanto que conserva por partes iguais a necessidade racional de um ser imóvel e a comprovação empírica de um mundo que se move. Os átomos de Demócrito parecem ser uma divisão do ser único de Parmênides, o qual era evidentemente racional, porém, não podia explicar de maneira alguma o mundo da opinião e da mudança. Ao dividir esse ser, Demócrito conserva sua inteligibilidade sem a contrapor violentamente com a irracionalidade da mudança. É, desta forma, que a doutrina de Demócrito tem sido uma constante em toda a história do pensamento, em muito maior proporção do que pode fazer supor a imagem que se faz habitualmente da filosofia grega, imagem que reduz o democritismo em uma qualquer das diversas posições pre-socráticas.
Não há certeza se a teoria foi concebida por Demócrito ou por seu mestre Leucipo e a ligação estreita entre ambos dificulta ainda mais a identificação dos respectivos pensamentos. Hoje em dia, não é possível estabelecer a contribuição exata de cada um para a formulação da teoria atomista. Entretanto, parece não haver dúvidas de ter sido Demócrito quem de fato sistematizou o pensamento e a teoria atomista. Demócrito avançou também o conceito de um universo infinito, onde existem muitos outros mundos como o nosso.
Essas ideias foram apoiadas por alguns filósofos e contestadas por outros, entre esses Aristóteles.
Aristóteles - o maior crítico de Demócrito de Abdera
Muitos dos relatos de Demócrito foram descritos e criticados por Aristóteles, um dos maiores filósofos de todos os tempos, que, por outro lado, reconhecia o valor das suas obras de filosofia natural.
Aristóteles considerava um absurdo existir algo indivisível, estabelecendo-se, então, duas correntes de pensamento.
Para Aristóteles, a matéria era contínua (não atômica) e suas ideias terminaram prevalecendo entre a maioria dos pensadores até o século XVI, quando outros estudiosos, como Pierre Gassendi (1592-1655), rompendo com a filosofia aristotélica, passaram a defender o atomismo e adotar o empirismo como prática para o estabelecimento da verdade científica.
Discípulos de Demócrito de Abdera
Protágoras de Abdera teria sido seu discípulo direto. Posteriormente o principal discípulo que recebeu sua influência foi Epicuro.
Obras de Demócrito de Abdera
Demócrito foi um escritor prolífico e entre as suas principais obras destacam-se: “Pequena ordem do mundo”, “Da forma”, “Do entendimento”, “Do bom ânimo”, “Pitágoras” e “Preceitos”. Nenhuma obra de Demócrito sobreviveu até o tempo presente. Dessa forma, tudo o que se sabe a seu respeito, chega-nos através de citações e comentários de outros autores. Da sua imensa obra só restaram 300 fragmentos das suas teorias. A coletânea de fragmentos mais conhecida é a organizada por Hermann Alexander Diels, em sua obra “Die Fragmente der Vorsokratiker” (Os Fragmentos dos Pré-socráticos).
Morte de Demócrito de Abdera
Demócrito faleceu na Grécia, no ano de 370 a.C. Causa da morte: fome e fraqueza. Hiparco chegou a afirmar que Demócrito viveu 109 anos, mas, sua longevidade é incerta. É fato que o filósofo sorridente decidiu jejuar por considerar que o corpo físico estava suficientemente gasto e que vivera demais. E, assim, foi enfraquecendo até morrer suavemente.
O riso louco de Demócrito de Abdera
Há um romance anônimo do início do século I d.C., intitulado "Romance de Hipócrates", composto de cartas, possivelmente apócrifas, que seriam do dito médico grego, no qual (diz uma das cartas) este vai a Abdera - antiga cidade grega na costa da região da Trácia, no leste europeu - para examinar o filósofo Demócrito (460 - 370 a.C.), que, segundo os habitantes do lugar, teria ficado “louco”, uma vez que ria de tudo: "Demócrito ri sem parar, dizem, e de qualquer coisa, grande ou pequena, e isso lhes parece sinal de loucura."
Hipócrates encontra o filósofo sentado debaixo de uma árvore, com um livro na mão e rodeado de pássaros dissecados. Demócrito explicou que estava tentando encontrar a localização anatômica da bílis negra, pois o desequilíbrio desse fluído corpóreo (humor) em relação aos outros provocaria a melancolia e a loucura; e enquanto não conseguia encontrar uma cura para tais enfermidades, ria sem cessar como um remédio para não ficar louco ou melancólico. E Demócrito lhe teria dito: “Quem quiser ter alegria não deve fazer demais nem no privado, nem na vida pública, e não deve escolher, em nenhuma de suas ações, para além de suas forças e de sua natureza, mas antes ficar atento, mesmo quando a fortuna dele se aproxime e conduza ao que se quer." Se tantos se chocam com seu riso, é porque o assimilam à alegria e ao júbilo, como se ele risse de coisas infelizes. Hipócrates, ao contrário do que esperavam os abderitas, o considera de grande sabedoria (NOVAES, 2015, nota 58). Mas, para os habitantes de Abdera, ao contrário, o riso excessivo de Demócrito era sinal da sua demência (MINOIS, 2003; ROUANET, 2007).
Referências
DIÓGENES LAÉRCIO. Vies et doctrines des philosophes illustres. (Introductions, traductions et notes par J.-F. Balaudé, L. Brisson, J. Brunschwig, T. Dorandi, M.-O. Goulet-Cazé, R. Goulet et M. Narcy). Paris: Livre de Poche, 1999 [Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Brasília: UNB, 1988].
FERRATER MORA, J. (1988). Diccionario de filosofia. Barcelona: Alianza Editorial. v. 1-4.
MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
NOVAES, Adauto (Org.). Mutações: o silêncio e a prosa do mundo. São Paulo: Edições SESC, 30 nov. 2015. 528 p. [Série Mutações, 7]
ROUANET, Sergio Paulo. Riso e melancolia. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Nascimento e formação intelectual de Demócrito de Abdera
Demócrito de Abdera nasceu em Abdera, na Grécia, por volta de 460 a.C. Descendente de família nobre, aprofundou seus conhecimentos viajando por diversas cidades. Esteve em Atenas, Egito, Pérsia, Babilônia, Etiópia e Índia. Estudou filosofia, matemática, física, astronomia, ética, linguística e música.
Leucipo de Mileto - mestre de Demócrito de Abdera
Por volta de 478 a.C., o filósofo Leucipo de Mileto fixou-se em Abdera, uma colônia jônica na Trácia, para onde muitos jônios migraram na época do conflito com os persas. Conhecia bem a filosofia dos Eleatas e buscou oferecer respostas para alguns dos seus problemas teóricos. O filósofo acreditava que o universo era constituído por elementos indivisíveis e pelo vazio, e que os movimentos desses elementos, gerando união ou separação, produziam ou destruíam os materiais.
Leucipo de Mileto não deixou escritos das suas reflexões, que permaneceram e foram melhoradas pelo seu discípulo Demócrito.
A Teoria de Demócrito de Abdera
Demócrito de Abdera foi o principal representante dos atomistas. Para o filósofo não havia deuses e nenhuma classe de representações tomadas da vida humana. O que havia eram átomos, assim definidos: "[...] corpúsculos minúsculos, últimos invisíveis, todos da mesma qualidade, ainda diferentes em sua magnitude e em sua forma" (HIRSCHBERGER, p. 22, 1973).
Os princípios fundamentais da filosofia atomista de Demócrito são assim descritos por Diógenes Laércio (DL IX 44): “Os princípios de todas as coisas são os átomos e o vazio, e todo o resto só existe por convenção. Os mundos são ilimitados e sujeitos à geração e à corrupção. Nada poderia ser engendrado a partir do não ser, e nada poderia, corrompendo-se, retornar ao não ser. Os átomos são ilimitados em grandeza e número, eanimado por um movimento em turbilhão no universo, o que tem por efeito engendrar todos os compostos.”
Por conceitos acessórios Demócrito só utiliza o espaço vazio e a natureza eterna. Esses átomos caem da eternidade no espaço vazio e tudo que existe deles se compõem. Aqui está lançado o germe da ideia moderna (GOMES, p. 13).
Demócrito preocupou-se, mais do que qualquer filósofo anterior, com a incerteza das impressões sensíveis. Sua explicação do universo parece ser uma síntese tanto da doutrina eleática (ser) como da teoria de Heráclito (devir). Demócrito estabeleceu os princípios de cheio e vazio para substituir a ideia do ser único e ideia da fluência constante e perpétua. O que se tem então é o conceito de ser e de não ser. O ser são os átomos, cujo o número é infinito, diferenciando-se entre eles por sua ordem, figura e posição. Os átomos são elementos cujas determinações gerais são geométricas e, por conseguinte, quantitativas. Seu movimento se efetua no vazio, que é, por assim dizer, o lugar das mudanças e não o simples nada, pois o vazio existe de modo efetivo, ainda em forma distinta do ser sólido e cheio que são os átomos. Assim, o movimento que tem lugar no vazio é impulsionado por uma força externa que junta e desagrega as coisas como o amor e o ódio. Os átomos são eternos e incausados porque são os primeiros a partir dos quais as coisas chegam à existência. Porém, sua eternidade pertence também ao seu movimento, que se efetua assim de um modo inteiramente mecânico, com um rigoroso encadeamento causal que não é um simples azar, “pois tudo acontece pela razão e pela necessidade”. Os átomos constituem o ser “das coisas que são”, e, portanto, não só das físicas, senão das que parecem imateriais, da alma que está composta de átomos de fogo, quer dizer, de átomos redondos impulsionados pelo mais rápido movimento (FERRATER MORA, 1988, p. 741).
Segundo Ferrater Mora (1988, p. 741), a solução oferecida por Demócrito é uma das grandes soluções clássicas ao problema do ser e em particular ao problema do devir, solução tanto mais precisa quanto que conserva por partes iguais a necessidade racional de um ser imóvel e a comprovação empírica de um mundo que se move. Os átomos de Demócrito parecem ser uma divisão do ser único de Parmênides, o qual era evidentemente racional, porém, não podia explicar de maneira alguma o mundo da opinião e da mudança. Ao dividir esse ser, Demócrito conserva sua inteligibilidade sem a contrapor violentamente com a irracionalidade da mudança. É, desta forma, que a doutrina de Demócrito tem sido uma constante em toda a história do pensamento, em muito maior proporção do que pode fazer supor a imagem que se faz habitualmente da filosofia grega, imagem que reduz o democritismo em uma qualquer das diversas posições pre-socráticas.
Não há certeza se a teoria foi concebida por Demócrito ou por seu mestre Leucipo e a ligação estreita entre ambos dificulta ainda mais a identificação dos respectivos pensamentos. Hoje em dia, não é possível estabelecer a contribuição exata de cada um para a formulação da teoria atomista. Entretanto, parece não haver dúvidas de ter sido Demócrito quem de fato sistematizou o pensamento e a teoria atomista. Demócrito avançou também o conceito de um universo infinito, onde existem muitos outros mundos como o nosso.
Essas ideias foram apoiadas por alguns filósofos e contestadas por outros, entre esses Aristóteles.
Aristóteles - o maior crítico de Demócrito de Abdera
Muitos dos relatos de Demócrito foram descritos e criticados por Aristóteles, um dos maiores filósofos de todos os tempos, que, por outro lado, reconhecia o valor das suas obras de filosofia natural.
Aristóteles considerava um absurdo existir algo indivisível, estabelecendo-se, então, duas correntes de pensamento.
Para Aristóteles, a matéria era contínua (não atômica) e suas ideias terminaram prevalecendo entre a maioria dos pensadores até o século XVI, quando outros estudiosos, como Pierre Gassendi (1592-1655), rompendo com a filosofia aristotélica, passaram a defender o atomismo e adotar o empirismo como prática para o estabelecimento da verdade científica.
Discípulos de Demócrito de Abdera
Protágoras de Abdera teria sido seu discípulo direto. Posteriormente o principal discípulo que recebeu sua influência foi Epicuro.
Obras de Demócrito de Abdera
Demócrito foi um escritor prolífico e entre as suas principais obras destacam-se: “Pequena ordem do mundo”, “Da forma”, “Do entendimento”, “Do bom ânimo”, “Pitágoras” e “Preceitos”. Nenhuma obra de Demócrito sobreviveu até o tempo presente. Dessa forma, tudo o que se sabe a seu respeito, chega-nos através de citações e comentários de outros autores. Da sua imensa obra só restaram 300 fragmentos das suas teorias. A coletânea de fragmentos mais conhecida é a organizada por Hermann Alexander Diels, em sua obra “Die Fragmente der Vorsokratiker” (Os Fragmentos dos Pré-socráticos).
Morte de Demócrito de Abdera
Demócrito faleceu na Grécia, no ano de 370 a.C. Causa da morte: fome e fraqueza. Hiparco chegou a afirmar que Demócrito viveu 109 anos, mas, sua longevidade é incerta. É fato que o filósofo sorridente decidiu jejuar por considerar que o corpo físico estava suficientemente gasto e que vivera demais. E, assim, foi enfraquecendo até morrer suavemente.
O riso louco de Demócrito de Abdera
Há um romance anônimo do início do século I d.C., intitulado "Romance de Hipócrates", composto de cartas, possivelmente apócrifas, que seriam do dito médico grego, no qual (diz uma das cartas) este vai a Abdera - antiga cidade grega na costa da região da Trácia, no leste europeu - para examinar o filósofo Demócrito (460 - 370 a.C.), que, segundo os habitantes do lugar, teria ficado “louco”, uma vez que ria de tudo: "Demócrito ri sem parar, dizem, e de qualquer coisa, grande ou pequena, e isso lhes parece sinal de loucura."
Hipócrates encontra o filósofo sentado debaixo de uma árvore, com um livro na mão e rodeado de pássaros dissecados. Demócrito explicou que estava tentando encontrar a localização anatômica da bílis negra, pois o desequilíbrio desse fluído corpóreo (humor) em relação aos outros provocaria a melancolia e a loucura; e enquanto não conseguia encontrar uma cura para tais enfermidades, ria sem cessar como um remédio para não ficar louco ou melancólico. E Demócrito lhe teria dito: “Quem quiser ter alegria não deve fazer demais nem no privado, nem na vida pública, e não deve escolher, em nenhuma de suas ações, para além de suas forças e de sua natureza, mas antes ficar atento, mesmo quando a fortuna dele se aproxime e conduza ao que se quer." Se tantos se chocam com seu riso, é porque o assimilam à alegria e ao júbilo, como se ele risse de coisas infelizes. Hipócrates, ao contrário do que esperavam os abderitas, o considera de grande sabedoria (NOVAES, 2015, nota 58). Mas, para os habitantes de Abdera, ao contrário, o riso excessivo de Demócrito era sinal da sua demência (MINOIS, 2003; ROUANET, 2007).
Referências
DIÓGENES LAÉRCIO. Vies et doctrines des philosophes illustres. (Introductions, traductions et notes par J.-F. Balaudé, L. Brisson, J. Brunschwig, T. Dorandi, M.-O. Goulet-Cazé, R. Goulet et M. Narcy). Paris: Livre de Poche, 1999 [Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Brasília: UNB, 1988].
FERRATER MORA, J. (1988). Diccionario de filosofia. Barcelona: Alianza Editorial. v. 1-4.
MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
NOVAES, Adauto (Org.). Mutações: o silêncio e a prosa do mundo. São Paulo: Edições SESC, 30 nov. 2015. 528 p. [Série Mutações, 7]
ROUANET, Sergio Paulo. Riso e melancolia. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.