Paulo Seixas e o amor pela literatura de Cordel
Neste texto, um perfil biográfico da minha pessoa escrito pela Jornalista em formação, Keliane Barbosa. Trata-se de um projeto organizado pela coordenação de Jornalismo da UEPB e que, inclusive, concorreu e ganhou o prêmio no Intercom Nordeste. Irá concorrer agora na etapa nacional, que será realizada em São Paulo.
PAULO SEIXAS E O AMOR PELA LITERATURA DE CORDEL
Por Keliane Barbosa
Paulo Albino Vieira, conhecido como “Paulo Seixas”, pseudônimo que faz referência à sua preferência musical e ideológica, nasceu no Rio de Janeiro no dia 1º de fevereiro de 1973 e aos três anos de idade veio morar em Queimadas, no Agreste paraibano. Em 1998 mudou-se para o Rio de Janeiro e lá permaneceu por mais de uma década.
Formado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), ele desenvolve projetos na área de literatura de cordel. A paixão por escrever começou desde a infância. Paulo conta que a paixão pela literatura surgiu quando ainda era criança, pois já tinha o hábito de ler bastante, mas somente aos 24 anos conseguiu publicar seu primeiro cordel intitulado “A solução de Queimadas”.
Paulo busca através de seus cordéis mostrar um pouco da sua visão sobre a cidade de Queimadas, trazendo até mesmo personagens da cidade. Paulo tem 16 cordéis publicados, entre eles 13 de sua autoria e 3 que foram coproduzidos por ele. O mais recente cordel dele fala sobre a importância da leitura na infância, que foi publicado este ano e é fruto das experiências vividas por ele durante o seu projeto “Oficinas Educativas em escolas de ensino fundamental, Queimadas/PB” que ele desenvolve há mais de três anos na cidade de Queimadas. “O cordel tem uma função paradidática importantíssima, auxiliando no processo de ensino desde décadas passadas, especialmente em escolas da zona rural”, destaca.
O poeta ou um mero aprendiz como ele se designa, possui um perfil no site Recanto das Letras que conta com 539 textos publicados, além do “Blog Literário e interdisciplinar Paulo Seixas” que foi criado com o intuito de publicar os seus trabalhos da universidade e acabou se tornando um espaço bastante amplo de discussão e difusão de suas palestras e cordéis, tornando mais acessível ao público e estreitando os laços. A partir das “Oficinas Educativas em escolas de ensino fundamental, Queimadas/PB”, onde ele visita as escolas participantes e traz um pouco do seu repertório para os alunos do ensino fundamental de forma a tentar despertar neles a paixão pela leitura e escrita.
Paulo nos revela a dificuldade em conseguir um apoio financeiro para suas publicações e jamais se viu dependendo financeiramente delas, revelando que o maior impasse de se publicar hoje em dia seja as condições financeiras. Mesmo com tantos impasses e dificuldades, ele continua esperançoso de que uma arte como a literatura de cordel não se perca no tempo e possa através dela estimular os alunos a conhecer a cultura de uma forma diferenciada e lúdica.
Campina Grande, PB - junho/2016