WASHINGTON FERREIRA LINS

“Mas, ao contrário de suas poucas posses

materiais, tio Washington carregava consigo,

em seu coração, a força de sua determinação,

da fé, e de todos os seus sonhos...”

O padre Antônio Vieira (1608-1697), ao pregar na Capela Real de Lisboa, em 1º de janeiro de 1655, o famoso “Sermão da Sexagésima”, em certo momento, assim se expressou: Ecce exiit qui seminat, seminare (Eis que o semeador saiu a semear). Esta parábola bastante conhecida na seara religiosa e literária, por trazer em sua essência uma concepção espirituosa e humanista, nos remete, de imediato, a memória do inesquecível tio Washington, vez que, em vida fora um grande semeador de valores e virtudes humanas.

PRIMEIRAS LIÇÕES DE VIDA

Tio Washington foi um cara incrível...

Nascido na primavera de uma quinta-feira florida do dia 20 de setembro de 1934, na pequena e aconchegante cidade de Fonte Boa, Washington Ferreira Lins, filho caçula de Bellarmino e Zulmira, assim como os outros doze filhos, foi mais uma joia a somar ao tesouro do lar risonho constituído no seio dessa família amazônica.

O ambiente interiorano em que cresceu, o proporcionou, na infante idade, experimentar um mundo fascinante, em que o banho de igarapé em águas cristalinas se unia ao prazer de subir nas árvores frondosas de seu quintal amazônico. E, enquanto degustava deliciosas frutas, aproveitava o momento de tranquilidade para apreciar o balé dos passarinhos, araras, curicas, jaçanãs e tantos outros animais silvestres que por lá pairavam para se alimentar.

Esse mundo mágico de sonhos palpáveis que a infância lhe revelou, oferecia ainda, ao final do dia, outro grande momento que deveras marcou sua vida. Isso acontecia sempre após o jantar quando seus pais, amigos e parentes reunidos na sala do casarão onde residiam costumavam narrar às histórias e lendas da imensa região onde nasceu. Era um evento de lazer e interação social que provocava em seu imaginário infantil um sentimento surreal que o remetia muitas vezes a própria história narrada em que ele próprio surgia como ator principal das aventuras criadas por sua imaginação.

Mas, entre os intervalos das brincadeiras, de suas experiências ecológicas e imaginárias, sempre que possível, estava na lida ajudando seus pais no pequeno plantel de gado. Entretanto, sua genialidade e artimanhas acabavam por transformar, quase sempre, a tarefa do trabalho em divertimento certo. Nessa época, o Amazonas experimentava um longo período de recessão econômica que refletia diretamente nos negócios de sua família provocando instabilidade financeira e outros tantos problemas. Contudo, o menino, o último de 13 filhos, estava a qualquer tempo disposto a ajudar. Todavia, em dois momentos distintos as brincadeiras mesmo mais simples não eram toleradas, sendo nos horários das refeições à mesa por se tratar de um ato sagrado, e nos momentos dos estudos por ser prioridade. Com ele não foi diferente, e cedo iniciou os estudos primários em sua própria terra natal, logo percebendo que, para concretizar seus sonhos, teria que ir mais longe, superar seus limites e ganhar a liberdade de construir seu próprio mundo.

A postura instigante do jovem tio Washington me faz recordar da cativante história de Fernão Capelo Gaivota escrita pelo americano Richard Bach, pois ela nos leva a refletir a respeito da superação das dificuldades que limitam nossos sonhos. Sua narrativa empolgante nos encoraja caminhar em busca da “liberdade verdadeira” que existe dentro de nós, desse sentimento que surge como força propulsora de sermos nós mesmos e que nos faz seguir e agir conforme aquilo que acreditamos, até porque, diz o autor "você tem a liberdade de ser você mesmo, você de verdade, aqui e agora, e nada pode impedir o seu caminho".

A FORÇA DA DETERMINAÇÃO E DOS SONHOS

Para a concretização de seus ideais iniciou sua trajetória percorrendo, a princípio, os mesmos caminhos trilhados por aqueles seus irmãos que tiveram a oportunidade de concluir os estudos em Manaus. E assim se fez! Recebendo as bênçãos de sua mãezinha e com a mala contendo poucas mudas de roupas seguiu para Manaus começando uma nova fase de sua vida.

Chegou a Capital carregando consigo uma pequena mala e muitas lembranças de sua pequena Fonte Boa. Logo se viu encantado com a grandiosidade da Metrópole da qual iria residir e alicerçar seu futuro. Era a “Paris dos Trópicos” que, apesar de não mais dispor da pujança proporcionada pela economia da borracha, continuava mantendo a aparência de uma cidade provinciana e cosmopolita que encantava a todos, principalmente aqueles oriundos do interior pacato e distante. Mas, ao contrário de suas poucas posses materiais, tio Washington carregava consigo, em seu coração, a força de sua determinação, da fé e de todos os seus sonhos...

Sua grande virtude foi acreditar em seus sonhos que acabaram por se reverter em seu maior desafio: torná-lo realidade. Sonhar é fundamental. Sonhar, nos leva a deslumbrar metas e objetivos e, “não há nada como o sonho para criar o futuro” que desejamos, conforme afirmava o escrito francês, Victor Hugo. Sonhar é, portanto, o que diz Mário Quintana “é acordar-se para dentro” e descobrir-se para o mundo, até porque, “não tem sentido algum na vida caminhar sem sonhos”, é o que também nos leva a refletir o poeta amazonense Candinho quando nos encoraja enxergar a beleza da vida iluminada por essa luz divina.

Diz ainda o poeta:

os sonhos são faróis,

ardentes feitos sóis,

que acendem a alma e brilham

em cada um de nós!

Seguindo a “luz” de seu destino, não tardou perceber, que o modo de vida neste novo torrão era diferente. Já não tinha mais a liberdade de brincar solto como fazia no quintal de sua casa em Fonte Boa. As lições eram duras e, sua nova vida já não desprendia dos mesmos encantos de liberdade que o interior proporcionava. Mesmo assim não desanimou de seus objetivos e sonhos, pois manteve incessantemente na força de seus pensamentos a prosperidade da fé em Deus e em si mesmo!

Martin Luther King, líder de movimentos que buscavam o respeito aos direitos dos negros e o fim da discriminação racial nos EUA, nos ajuda a compreender o poder dessa fé interior. Dizia ele, “Saiba que seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora. O seu pensamento é a planta concebida por um arquiteto para construir um edifício denominado prosperidade. Você deve tornar o seu pensamento mais elevado, mais belo e mais próspero”.

Muitos foram os obstáculos e desencantos enfrentados neste novo chão. Fernando Pessoa em “Tabacaria” consegue por meio de um pequeno verso traduzir de forma simples, aquilo que levaria tio Washington superar todos os “obstáculos” ocorridos em sua trajetória de vida. Escreveu o poeta, “à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”. E, foi assim que as dificuldades se apequenaram diante de tanta vontade que ele trazia em seu coração. Mas seus sonhos só se concretizaram porque ele soube muito bem trabalhar a fusão entre sua fé e sua obstinação em agir, procedimento fundamental para as coisas se materializarem na prática de seus objetivos. É como dita a formula da vivência: sonho + fé + ação = Realização!

COLHENDO OS PRIMEIROS FRUTOS

Afora sua experiência do cotidiano em terra distante de sua querida Fonte Boa, com o passar do tempo, iniciou em Manaus, o deslumbrar de suas aspirações a partir da conclusão de seus estudos secundários ocorrido no tradicional Colégio Estadual do Amazonas, o que de certo, foi fundamental para o aperfeiçoamento e produção de novas virtudes, assim como para sua vida profissional, pois toda essa experiência acadêmica e social ampliou sua visão de mundo.

Não há como negar a importância dos estudos. Horácio, poeta e filósofo da Roma antiga, certa feita afirmou que “o estudo gera virtude”. Essa reflexão nos leva ao encontro da meditação de um pensamento de Confúcio, filósofo chinês, que assertivamente escreveu: “estudar é polir a pedra preciosa; cultivando o espírito, purificamo-lo”.

Vejamos que os estudos ora discutidos não se limitam apenas aos realizados nos bancos escolares ou nas instituições universitárias. Não! Eles estão centrados principalmente no processo ensino-aprendizado ocorridos no seio familiar, na espiritualidade e na experiência de vida. De sorte esses valores desde cedo acabaram por forja na figura de tio Washington Ferreira Lins o caráter forte de um homem de bem. E, com ele o tempo corria!

Apesar das dificuldades que surgiam em seu caminho seguiu incansavelmente persistindo na construção do tempo presente o seu futuro projetado. Assim o fez! E como um bom e fiel jardineiro que foi, semeou em solo fértil a semente boa para depois colher os frutos germinados no mundo solidário de suas realizações! Cora Coralina, de forma poética, nos leva a uma melhor compreensão sobre isso quando diz:

Se temos de esperar,

que seja para colher a semente boa

que lançamos hoje no solo da vida.

Se for para semear,

então que seja para produzir

milhões de sorrisos,

de solidariedade e amizade.

LONGAS PÁGINAS DE BONS SERVIÇOS

Sua vida profissional deu inicio em sua querida cidade natal. Lá, em 1948, teve sua primeira experiência ao assumir a função de Porteiro na sede da Prefeitura. Mas, foi em Manaus que ele construiu uma sólida carreira profissional. O caminho para conquista de suas vitórias foi longo, difícil, porém tangível pela fé e determinação que fazia morada no espírito desse jovem aguerrido e determinado!

Dotado de rara inteligência e alto tino administrativo foi atingindo postos sucessivamente durante toda sua carreira profissional, executando de forma serena e responsável, suas atividades através dos vários departamentos do qual passou, dentre eles o Departamento Estadual de Segurança Pública, exercendo o cargo de Rádio Telegrafista. Em outra oportunidade, fora nomeado para exercer o cargo de Tesoureiro no D.A.P.S, antigo Instituto de Previdência e Assistência Social do Amazonas – IPASEA, e como era de se esperar, exerceu com muita retidão dando cabal prova de sua competência e responsabilidade funcional. Mas, foi atuando no cargo de Fiscal de Rendas na Secretaria de Fazenda do Estado do Amazonas – SEFAZ, que logrou operar a atividade que daria maior prazer e o proporcionaria uma melhor estabilidade financeira.

Já com uma vasta experiência e uma folha de serviço excepcional junto a SEFAZ fora indicado pelo Sr. Mário Melo ao concorrido cargo de Exator de Rendas no Município de Itacoatiara. Ao assumir a Coletoria de Renda daquele município desempenhou suas funções com o mesmo brilhantismo, amor e dedicação como nos outros cargos do qual lhe fora atribuídos pelo Estado.

FAMÍLIA E O LEGADO DE VIDA

Sua vida conjugal foi dividida em dois momentos distintos. Em ambos “deixou plantado” seu tesouro mais precioso: seus filhos; os mesmos que, indiscutivelmente, acabaram por se constituir efetivamente no maior legado de sua vida! É como bem afirma o professor Vitorio Furusho quando diz que "um legado e um bom exemplo de vida, são duas coisas que eternizam o ser humano, quando uma boa pessoa parte dessa vida". De fato, o legado do tio Washington, assim como seu exemplo de vida, perpetuou sua memória e permanecem vivos na figura de seus filhos, netos e bisnetos.

A base dessa herança iniciou com seu primeiro casamento ao desposar Marlene Távora da Silva. Desse laço de união nasceram dois filhos: Maria do Perpétuo Socorro Távora da Silva Lins e Washington Ferreira Lins Filho; dois diamantes na vida do casal, dois exemplos de vida, superação e sucesso, duas pérolas raras no seio da família manauara. Já divorciado deste primeiro enlace matrimonial, conheceu Wanda Araújo de Miranda, filha de Moacyr de Miranda e Edith Araújo. Apaixonados decidiram se unir conforme as leis de Deus e dos homens. O bem sucedido casamento ocorreu em 09 de abril de 1966, e durou até os últimos momentos de sua vida terrena. Dessa cumplicidade amorosa e espiritual nasceram os filhos: Moacyr Miranda Neto (Moaça), Nádja Vanessa Miranda Lins, e Wanda Miranda Lins; três tesouros, três amores, três exemplos de vida, três motivos de orgulho e alegria do casal Washington e Wanda!

Já é sabido que os valores universais são extremamente importantes na criação dos filhos, pois eles fortalecem, forjam a personalidade e o caráter do ser humano. A união dos conceitos e práticas acima desprendidos resultou no sucesso pessoal e espiritual na vida de todos. Eles apenas nos revelam o humanismo e o caráter de luz de seus pais que souberam compartilha uma boa educação. Isso nos remete ao belo pensamento do escritor Coelho Neto quando diz, “é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”. Uma educação virtuosa, respeitosa centrada no amor e na crença de Deus Pai criador!

Acima de tudo foi um bom pai, marido e amoroso chefe de família. Seu divertimento predileto era passear em companhia dos filhos. Gostava também das conversas nos bares, comumente reunido entre amigos e colegas de trabalho. Outro grande momento de diversão e lazer acontecia nos momentos das pescarias que lhe proporcionava o contato com a plenitude da natureza. Isso o fazia recordar suas raízes caboclas, o que de certo fortalecia sempre o orgulho de ser amazonense.

Estar em casa com a família e compartilhar sua existência com a terna e dedicada esposa Wanda eram outros dois grandes prazeres na vida desse expoente filho do Solimões. Em resumo os momentos mais felizes aconteciam no pleno convívio de sua família. É o espelho do que já afirmava o genial escritor russo, Léon Tolstoi, quando escreveu: “a verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família”. A força desprendida por esse sentimento nos faz recordar das bênçãos familiares inserida na belíssima canção do padre Zezinho que, de forma magistral, toca a sensibilidade de nossos corações ao cantar:

[...]

Que a família comece e termine sabendo aonde vai.

E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.

Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor.

E que os filhos conheçam a força de onde brota o amor.

Em um mundo que muda a todo instante e a cada dia faz surgir novas descobertas, em que as estruturas se refazem constantemente e os valores são modificados prematuramente, uma coisa permanece: a importância da família.

Para tio Washington o conceito de família ia muito além do convencional. Ele acreditava que a instituição familiar não estava somente centrada na construção de um lar através do amor entre casal e o nascimento dos filhos. Isso sem dúvida sempre será importante, pois a união pelo amor, pelo sangue perpetua as gerações criando histórias incríveis. Mas era o conceito espiritual de família que deslumbrava o seu ser interior. Para ele, a família continuaria constituída mesmo depois que um ente querido partisse ao mundo espiritual.

O psicólogo Luiz Gasparetto, médium psicopictográfico manifestou esse sentimento fraternal quando escreveu que “a verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue”. Em verdade essa assertiva reafirma que a união em espírito é mais forte que a união pelo sangue e jamais poderá ser desassociada pelo homem! Ela é eterna e permanecerá indissolúvel além desse plano terreno!

Vejamos que esse conceito revelou-se como importante característica familiar a qual pertenceu, desde a constituída com seus pais e irmãos, até as que ele construiu com força, obstinação, amor e respeito: a princípio com Marlene, e depois com Wanda, cujo maior alicerço, centrou-se na figura de seus amorosos filhos, que se mostraram, entre outros tantos predicados, a fonte intensa de suas maiores alegrias, assim como o suporte extremamente importante para enfrentar corajosamente as adversidades impostas pelo destino.

A PARTIDA AO PLANO ESPIRITUAL

Dinâmico, espirituoso e alegre, tio Washington possuiu uma longa página de bons serviços nas mais diferentes funções profissionais a que se propos. Sua aposentadoria, entretanto, ocorreu em 05 de março de 1990, de forma antecipada, haja vista, uma enfermidade que lhe assegurou um curto período junto aqueles que o cercava de carinho, amor e amizade.

Certa vez Pitágoras escreveu: “a vida é como uma sala de espetáculos; entra-se, vê-se e sai-se”. Essa metáfora da condição humana é simplesmente fantástica, pois retrata o ciclo biológico da vida (nascemos, vivemos e morremos). Mas às vezes a "morte" chega muito antes do que imaginamos. É como diz o adágio popular “cada uma que a vida nos apronta”. De certo, a vida pregou uma peça ao tio Washington e a todos os que o amavam. No palco do existencialismo sempre se manifestou como personagem cheio de amor e alegria até o momento em que teve que sair de cena, de forma repentina, aos 56 anos de idade, quando partiu ao plano espiritual atendendo o chamado do Criador!

O cenário chuvoso de uma quarta-feira de muitas saudades guardou no baú de nossas memórias o final de sua história. O dia 20 de março de 1991 foi à data escolhida para sua partida. Fora de fato chamado para chefiar, como estrela de primeira grandeza, uma grandiosa constelação no infinito azul do céu. Assim finda sua missão terrena, deixando perpetuado na página do grande livro da vida, uma história de dedicação à família, aos amigos e a própria sociedade amazonense da qual serviu com afinco, carinho e determinação.

Viveu, cresceu, semeou e produziu bons frutos, “et fecit fructum”, que se tornaram “árvores frondosas” cuja missão é continuar semeando virtudes para serem germinadas no grande e florido pomar da existência humana, e da própria “vida sempre a serviço da vida” conforme preceitua os ensinamentos dos versos do expoente bardo, Thiago de Mello!

O poeta John Keats, considerado um dos mais importantes nomes do romantismo na Inglaterra, em seu poema Endymion, escrito em 1818, nos revela: “O que é belo há de ser eternamente uma alegria, e há de seguir presente.” Como vimos à vida de tio Washington fora plantada em jardim florido cuja beleza de seu legado e sua história de vida se imortalizou sublime e presente, na memória de seu povo. Atravessou o grande rio da Vida! Não morreu, apenas partiu, atravessou para outra margem, pois “aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós” nos relembra o poeta mexicano Amado Nervo.

Sua vida foi um livro aberto e uma lição de amor, deixando por onde passou um rastro luminoso de exemplo de vida. Sua saída deixou um grande vazio na seara social da qual participou, em particular, no seio de sua estimada família e amigos. Contudo, sua partida não findou sua história, pois ela continua sim, viva memória e no coração de todos que o conheceram.

Não se pode, porém negar, que a saudade de sua presença carnal tornou o mundo menor. Esse fato nos leva compreender a inquietação das palavras do poeta francês, Charles Baudelaire, quando, certa feita, expressou sua subjetividade reflexiva ao dizer: “aos olhos da saudade como o mundo é pequeno”! Eu diria: ficou sem cor, acinzentado!

Em homenagem a sua memória dedicamos a você, tio Washington, os belíssimos versos do poeta Farias de Carvalho, vez que, a essência de suas palavras, retrata a fantástica forma metafórica do traçado de sua viagem, assim como, a rápida estadia que tiveste nesta vida terrena. Escreveu o poeta:

Como vieste,

foste,

cavalgando uma Estrela.

Agora sim,

será certo e tranquilo procurá-lo

nos rebanhos do azul pelo infinito

Washington Ferreira Lins deslumbra-se hoje, como farol celestial provido de intensa luz, nos revelando mais uma vez sua grandeza espiritual, cuja nova missão é iluminar o caminho daqueles que vagueiam no bojo da saudade e dos que buscam as realizações de seus sonhos!

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Eylan Lins
Enviado por Eylan Lins em 18/03/2013
Código do texto: T4195052
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