Biografia

Olho-me no espelho no intuito de redescobrir quem sou

Quanto de paz eu tenho

Ou quanto de amor me restou

Grito em tom de desespero aos ventos transeuntes esperando obter qualquer resposta

E nada! Nem o eco da minha voz

Nem o vento que expirei... Nada volta

Quando começo a conhecer-me percebo que falhei

Como quem engana a si mesmo

Eu reconheço

Enganar-me-ei

Talvez para dissimular meu egoísmo

Ou mesmo para ter algum motivo para amar

Talvez eu nem precise disso

Talvez eu queira precisar...

Pela manhã, quando acordo, descubro

Que mais uma noite em vão passou

Exaurido de chorar, debruço-me, durmo

Será que descubro quem eu sou?

Todos os dias, no entanto, seguem-se opacos

Sem o brilho do “conhecer-me”

Por tal, que quando anoitece me sinto em trapos...

Destino trágico esse que dei-me!

Escrevo alguns reles versos

Para tentar, de mim, extrair algo não-fútil

E quase me faço crer que como Poeta não presto

Ainda sim escrevo, tento parecer sutil...

Leon Coimbra
Enviado por Leon Coimbra em 16/09/2010
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2502267
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