Feito por mim
Tão programado que fui a buscar o que não queria ou o que eu não conhecia, que a vida agora me demonstra que eu não sei o significado e o real valor das coisas essenciais ao homem.
Eu não sei o que é felicidade.
Eu não sei onde encontrar a felicidade.
Tão questionador resolvi me tornar, que não sei mais o que é essência.
Tão crítico me formei, que não sei o que me faz feliz.
Não sei o que me toca.
E com isso, me enredo nas tramas e desafios que torturam minha mente e meu coração.
E me lanço nos braços da mulher que supostamente me representa o amor, e então, repentinamente, caio no chão. Sem abraços.
Sem braços do amor.
Sem apoio.
E sem saber onde encontrar um mínimo de apoio.
E enquanto o sentir-se perdido vigora como regra em minha vida, tateio no escuro em busca de um amparo.
Amparo que não encontro.
Amparo que nem sei o que é.
Por seu turno, na contramão do sentir, a tristeza se deixa identificar fácil.
Pela ausência de sorriso.
Pela vermelhidão dos olhos.
Pela falta de vontade.