Vivo a depender do Sol
Desde o nascer até se pôr
Tenho mil formas a compor
Como ferro delata minha alma
Vivo a moldar-me
Dependo do prisma e ângulo
Que estão a contemplar-me
As vezes pisada
Por pés que não são meus
As vezes chutada
Por sapatos que desconheço
As vezes queimada
Por calor, não do Sol
As vezes caluniada e Humilhada
Por uma lingua dubia de um POETA
As vezes ferida mortalmente
Por raios não solares
Enfim
Sou Apenas uma sombra
Não sei muito, sobre nada
Mas ´do pouco que sei
Entre o lírio no meio
de vales
Está um amigo que
é caro pra mim