Nascido em 11 de maio de 1981, dia das mães, escrevo poesia desde mais ou menos os 10 anos, influenciado pelas músicas que eu escutava em casa.
Meu jeito tímido, introspectivo e até mesmo individualista foi certamente o que me fez escrever cada vez mais. Nunca fui de falar muito, principalmente em grandes discussões. Eu não tenho paciência para falar quando sei que o outro lado pode não concordar ou entender. Então encontrei em meus cadernos, diários, um espaço para poder me expressar e aliviar essa carga acumulada de sentimentos, mesmo que algumas palavras nunca cheguem a ninguém.
Assim, atraído por poetas, especialmente Carlos Drummond de Andrade, meu tio poeta Enio Romani e pela MPB e Rock Nacional, comecei a tocar violão e compor meus poemas, tratando-os como canções. Além de CDA e meu tio, minha escola foi Raul Seixas, Humberto Gessinger, Cazuza, Renato Russo, Belchior, Antonio Marcos, Bruce Springsteen e Cat Stevens (talvez eu tenha esquecido alguns…).
Na segunda metade dos anos 90, na comunidade católica onde cresci, passei por grupos de jovens onde me encontrei com grandes amizades e pude trabalhar melhor minha timidez e encontrei espaço para minha música e poesia.
Anos mais tarde, ingressei em grupos teatrais, com meus amigos Flávio Cesar Novo, Marcos Lemes e Marcelo Gianini, e a partir daí entrei de vez no mundo das artes. O teatro me ajudou muito a desafiar a timidez e o medo de me expressar, me incentivaram muito a inserir “minha música” em tudo isso, o que passou a ser minha marca registrada, o cara que andava sempre com seu violão, algumas cifras de músicas populares e alguns versos sempre na manga.
Entre 1999 e 2012, entrei e formei muitas bandas de rock. Escarlate, Locomotiva, Pedra Boa, Os Incansáveis e Corcel 69 são os nomes das principais. Nelas todas, além de covers e releituras de rocks, sempre insisti em composições próprias. Nessa última, a Corcel 69, tive muito sucesso, quando gravamos um EP independente (disponível em todas as plataformas digitais) e vendemos nossas músicas. O show que levamos por todo o estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foi onde pude perceber o sonho de viver da música como algo possível de ser realizado. Como frontman, deixei a timidez de lado e, com personalidade e atitude, fui em busca.
Em 2013 e 2014, fiz algumas escolhas ruins e sofri alguns acidentes que me obrigaram a diminuir o ritmo com a música, me distanciando deste sonho. Mas também nesse tempo conheci Andressa, uma mulher incrível que me conquistou, com quem eu me casei e tivemos dois lindos filhos, Alexia e Alexander, o que me levou a mudar meu foco para a casa, meu emprego que tenho em um órgão federal desde 2001 e minha família.
Desde então venho gradualmente voltando às atividades que incluem: minhas composições, regravando antigas e finalizando novas canções, meu canal no YouTube (youtube.com/victorfnet) onde posto minhas músicas, poemas e vídeos curtos, e publicando aqui meus textos novos, letras, poemas, enfim minhas novas ideias que nunca pararam de surgir.