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Perfil

Em um espaço de poesia, optei por não expor meu curriculum lattes, mas o que chamei de “curriculum poético”, no qual poesia e vida acadêmica se entrelaçam.
As primeiras lembranças que tenho de minha relação com a poesia, são os pequenos versos feitos por mamãe, que eu e meus irmãos declamávamos nas festas da família. Depois, as participações nas festividades do Jardim de Infância “Antonio Lobo” (São Luis – MA), nas quais, juntamente com minha irmã, era uma das declamadoras de plantão. A vida estudantil no Colégio “Conceição de Maria” (São Luis – MA) foi, também, permeada de momentos em que a poesia se fez presente. Além das datas comemorativas, tínhamos as aulas recreativas, promovidas pelo saudoso Professor Evilton Melo, com quem descobri, nas aulas sobre versificação, os versos livres e a metrificação. No período em que ali cursava o Magistério, venci o “Festival de Poesia Falada”, declamando minha primeira poesia, “Ano 2000”, posteriormente batizada de “Computadoramente”, pelo poeta Clóvis Ramos. A ele credito o grande incentivo para continuar meus versos, pelo valor que os dava e à nossa amizade, a ponto de me inserir, anos mais tarde, em seu livro “As aves que aqui gorjeiam”, no rol de poetisas e escritoras maranhenses por ele pesquisadas ou descobertas. Já no Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão (São Luis – MA), dei continuidade aos meus escritos, aos quais se somaram três contos infantis, não publicados. Nesta época, ganhei de meu pai a publicação de algumas poesias, juntamente com as de meu irmão, no “Anuário dos Poetas do Brasil”, de Aparício Fernandes. Graduada e trabalhando no Colégio Marista Maranhense, vivi a experiência de escrever a primeira poesia feita a partir de uma pesquisa histórica, colocando em versos a presença dos Irmãos Maristas no Maranhão, tema de minha dissertação do Mestrado em Educação (AWU – Iowa). No decorrer dos dezoito anos em que trabalhei nesta instituição de ensino pude continuar meus versos, por meio da autoria dos espetáculos para as Noites de Abertura e as Noites Culturais das famosas Olimpíadas Maristas do Brasil Norte, como: “Miscigenação”, “Babaçu com rapadura” e “Tambores do Maranhão”. A essas produções somei as cinco apresentações do “Auto do Natal”, cuja última versão dividi com os estudos do Doutorado em Educação (UFRN – Natal). Dessa maneira, foram surgindo as minhas “poesias de gaveta”, que agora abro, para fazê-las voar, provocada que fui pelo amigo e poeta, Arão Pereira da Costa Filho, com quem compartilho a docência na UFMA.