Para continuar vivendo, procurei esquecer quem eu deveria
ter lembrado e me lembrei de quem deveria ter esquecido.
Com grande pesar tracei novos caminhos, quebrei no
próprio corpo os espinhos das dificuldades e paradigmas.
Sufoquei ainda com incertezas, sentimentos que outrora
pareciam tão certos. Percebi que realmente é melhor e
necessário ser uma metamorfose ambulante.
Permito-me mudar de idéia quantas vezes forem
necessárias, e viver as conseqüências das mudanças.
Já não vale a pena me preocupar pelo que os outros pensam
a meu respeito, pois nem Jesus agradou a todos.