Quem sou eu? Sei lá.
Só sei meu nome, de onde vim e onde vivo.
Meu caráter? Vamos lá.
Às vezes sou criança, moleca, responsável, fútil, mulher amorosa, mãe extremosa, quero abraçar o mundo, quero amar, quero sonhar, quero minhas reminiscências desenterrar. E de volta quero sentir a alegria, o sabor da minha vida sem igual. Sim. Porque esta é só minha e ninguém pode mudar. Quero, quero, quero tantas coisas. Quero provar a essência de todos os instantes da vida, desta vida que a cada dia vejo como grãos de areia entre meus dedos deslizar. Mas enquanto em minhas mãos vestígios de areia encontrar, viverei sem pretensões, fazendo amigos com o meu poetar, pois desta vida o que a gente leva é a lembrança daqueles que vai deixar.
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