Não há muito o que dizer. Apesar de não ser o tipo de pessoa pessimista, eu creio muito mais na dor do que no amor, no sofrimento do que na felicidade, nas sombras do que na luz. Eu sei que o ser humano só se torna realmente bom no momento em que toda a maldade se volta contra ele, quando ele mais se desespera. É muito fácil ser bom quando ser ruin não nos dá lucro, não é verdade?
Eu faço com que o meu mundo dance conforme a minha musica, gire conforme a velocidade que eu estipulo. É essa a excência de viver: controle total e absoluto de sua existência.
Eu trabalho e estudo, não para deixar orgulhosos aqueles que em mim depositam confiança, mas porque tais atividades são necessárias para o meu desenvolvimento, tanto intelectual quanto social. Esse desenvolvimento, diferente daquele que milhares de pessoas procuram, não se deve apenas por motivos egocêntricos, mas para que eu possa atingir patamares científicos cada vez maiores. Apenas com eles eu poderei continuar qualquer pesquisa que eu deseje.
Com relação à minha vida pessoal, não há muito o que dizer. Antigamente eu anciava por ser aceito entre meus semelhantes, ser "popular", por assim dizer. Hoje percebo o quão fútil é tal busca, pois em um momento de clareza eu pude me fazer o seguinte questionamento: "Eu luto para que pessoas que não se importam comigo me aceitem?" É absolutamente ridículo eu gastar o tempo de vida que tenho para satisfazer as curiosidades, daqueles que me rodeiam, com relação à mim.
Enfim, tenho a mania de me contradizer constantemente, pois apenas um tolo aceita dogmas - mesmo que ele mesmo os tenha construído - e não aprende ao longo do tempo a se corrigir. Por isso mesmo, por mais que eu não me importe significativamente se o que eu penso será ou não aceito pelos outros, divulgar meus trabalhos me dá uma estranha sensação de alívio e satisfação. Por isso, assim que possível, estarei fazendo o mesmo neste espaço cultural.
"Que os ecos da chuva enobreçam sua mente"
Atenciosamente, Echi Di Pioggia