Não sou esperto nem bruto
Nem bem, nem mal educado
Sou apenas um produto
Do mundo em que fui criado
Antonio Aleixo (poeta português)
QUIS SER
Quando menino queria ser bombeiro
Depois policial, arquiteto ou engenheiro
Mecânico, médico, ou mesmo juiz
E afinal não fui nada do que quis
Eletricista, astronauta, navegador
Até quis ser ministro ou embaixador
Comerciante, industrial, ou viajante
E nada do que quis ser foi por diante
Quis ser luz, ser estrela, muito brilhar
Ser político para o mundo endireitar
Ser líder de massas, bom guru do povo
Que minha voz fizesse um mundo novo
Quis ser tantas coisas, tantas aspirações
Em defesa de meus ideais passei privações
Olhei a vida de cima, de baixo e do lado
Nada mais consegui do que ser advogado