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Perfil

Rubens Jardim, 61 anos, jornalista e poeta. Publicou poemas nas antologias: 4 NOVOS POETAS NA POESIA NOVA(1965,SP), ANTOLOGIA DA CATEQUESE POÉTICA(1968,SP), POESIA DEL BRASILE D'OGGI(1969,ITÁLIA), VÍCIO DA PALAVRA(1977,SP),FUI EU(1998,SP), POESIA PARA TODOS(2000,RJ), ANTOLOGIA POÉTICA DA GERAÇÃO 60(2000,SP), LETRAS DE BABEL(2001,URUGUAI), PAIXÃO POR SÃO PAULO(2004,SP),RAYO DE ESPERANZA(2004,ESPANHA),CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA(2008,RS). É autor de três livros de poemas: ULTIMATUM (1966), ESPELHO RISCADO (1978)e CANTARES DA PAIXÃO (2008). Promoveu e organizou o ANO JORGE DE LIMA em 1973, em comemoração aos 80 anos do nascimento do poeta, evento que contou com o apoio de Carlos Drummond de Andrade, Menotti del Pichia, Cassiano Ricardo, Raduan Nassar e outras figuras importantes da literatura do Brasil. Organizou e publicou JORGE, 8O ANOS - uma espécie de iniciação à parte menos conhecida e divulgada da obra do poeta alagoano. Integrou o movimento CATEQUESE POÉTICA, iniciado por Lindolf Bell em 1964, cujo lema era: o lugar do poeta é onde possa inquietar. O lugar do poema são todos os lugares.. Participou da I Bienal Internacional de Poesia de Brasília (2008) com poemas visuais no Museu Nacional e na Biblioteca Nacional. Fez também leituras no café Balaio, Rayuela Bistrô e Barca Brasília. E participou da Mini Feira do Livro, com o lançamento de Carta ao Homem do Sertão, livro-homenagem ao centenário de Guimarães Rosa.

O QUE JÁ SE FALOU DESTE POETA
“Rubens Jardim solucionou, ao seu modo, e de maneira criativa uma série de impasses vividos pela poesia nas últimas décadas...
Neste livro ele se dá uma liberdade rara transitando entre as mais variadas formas. Pode-se dizer que ele faz uma síntese do que seria o poema-cartaz, o hai-kai, o poema-piada, o caligrama, a publicidade e o poema convencional. Pode tanto produzir um poema com o mínimo de palavras ou letras, como um magnífico soneto. Pode compor um poema voltado para problemas sociais ou para a repressão política, ou pode dedicar-se à sua infância e a temas subjetivamente familiares. E tudo com a desenvoltura de quem sabe o que está fazendo...
Affonso Romano de Sant’Anna
(poeta e crítico)

“Rubens Jardim quer uma poesia total, cujo centro é a palavra plena, mas que inclui o visual - o elaborado tratamento gráfico e a grande quantidade de ilustrações. ..No limite, aspira a uma síntese, através da qual se confundiria com seus poemas, e vice-versa: Para realizar essa síntese, a própria palavra tem que ultrapassar-se: daí criar vocábulos em alguns de seus poemas.”
Cláudio Willer (poeta e crítico)

"O fundamental, em Rubens Jardim, é o deslocamento do poema para fora da linguagem, o que é feito com maestria, no uso da palavra conhecida e na eventual quebra silábica do discurso.

O poeta reconhece: “Parca é a palavra./ Este é o celeiro-livro/ na livre escolha/ esquálida/ das espigas.”A colheita escassa no inventário do verbo sem nenhum poder empurra o poeta para longe do poema, transformando-o num catador de estilhaços, os restos de algo irreparável.

Impossível reproduzir numa resenha o impacto do trecho final do livro, que homenageia o primo tragicamente morto na queda de uma janela. O título é “Estrepitoso estrepe” e podemos selecionar alguns momentos, sem reproduzir o design dos versos na página: “Tenho velado nestes 50 anos a tua queda e não consigo remover do chão as marcas do teu corpo nem comover os degraus na escalada da tua morte. Hediondo instante. Você me deixou mais só diante do raio da rua e adiante de mim mesmo, irretratável realidade”.
Nei Duclós (poeta, escritor e jornalista)

“Poeta Rubens Jardim: deixo de responder à sua carta-desencanto porque a melhor resposta lhe foi dada por você mesmo, em Espelho Riscado, cadernos de poesia-2.A poesia é exatamente o projeto de solução que encontramos para os desencontros e absurdos do mundo. E você dá bravamente o recado, em seus versos. Portanto, é seguir em frente, com as armas da lucidez e da esperança.”
Carlos Drummond de Andrade (poeta)

“Não é fácil fazer-se uma antologia. Notadamente
no caso de Jorge de Lima, poeta de várias fases e várias faces. Isso você conseguiu e com galhardia!”
Dantas Motta(poeta)

“Rubens Jardim, você celebrou os 80 anos de Jorge com o mais belo monumento... Não sei de ensaio mais penetrante desse milagre da Poesia que foi Jorge de Lima... Um abraço Jardim, herói dessa façanha.”
Menotti del Picchia(poeta)

“Rubens Jardim, que parece ser o mais maduro do grupo --mais maduro e, no fundo, mais amargurado -- diz, significativamente, que sua infância foi exata como um relógio sem ponteiros.”
Rolmes Barbosa(crítico)

“Rubens é o poeta de hoje, definitivo e consumado. Ele só seria o poeta do futuro - como gostam de prever os críticos de rugas e casaca - se a arte admitisse progresso. Flávio Márcio, (dramaturgo)


“Poeta de talento o jovem Rubens Jardim do Ultimatum, que diz com o desassombro de seus 20 anos poesia em praça pública (como naquele Comício Poético, em outubro de 65, na Praça da Sé, em São Paulo)... E eu planto aqui no cerne de cada coração, o ultimatum da minha última esperança...
Stella Leonardos
( poeta e crítica)

“Três livros de poesias nos vieram às mãos esta semana. Um deles é firmado pelo jovem poeta Rubens Jardim. E tem um título bélico: Ultimatum.
A poesia de Rubens tem aquele sabor próprio da geração que os maiores insistem em não compreender, por comodismo ou incapacidade. É o protesto.”
J.Pereira(crítico)

“O livro Jorge, 80 Anos é efetivamente uma preciosa introdução à obra de Jorge de Lima...
O mínimo que se pode dizer é que Rubens Jardim fez o que deveríamos ter feito.”
Nogueira Moutinho (crítico e ensaista)