Nasci na pequena cidade de Itabi, encravada no meio da sertão sergipano. Atualmente, moro em Aracaju. Filho de camponês, sou apenas um homem simples, mas problemático, que quer dizer apenas a verdade como quem canta uma canção, sem nenhum dogmatismo de fachada. Gosto do velho rock and roll, poesia maldita, marginal, popular e sem vergonha.
Sou ateu, graças a deus e ao diabo. Não acredito em metafísica nem em qualquer tipo de transcedência, pois o bicho homem carece de coragem para vencer os demônios e o medo que os sacerdotes tentaram nos incutir há séculos. Se tiver algum deus, esse deus é o próprio homem e a própria mulher, bem como o seu próprio diabo. Minha única fé é no homem e na mulher. Foram eles que cometeram o primeiro ato. Então que cometam o último e crucifique sua moral e a enterrem. Acredito que "o homem é a medida de todas as coisas", como já dizia Protágoras, e pode ser, se quiser, um "super-homem" como celebrou Nieztsche, depois John Fante, Bukowski, Henry Miller, Rubem Fonseca, Guimarães Rosa, Rimbaud e o velho Walt Whitman, entre outros espíritos livres. Todos eles engoliram os duros bocados da pedra dura da vida, mas isso não é motivo para jogar as pedras nesta maria madalena que é a vidanossaordinária de cada dia. Viva la vita, porque a morte é cega, mas a memória está desperta...
