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(...) Coisa estranha, Clarissa era um dos espíritos mais céticos que ele havia encontrado, e com certeza (esta era uma teoria que aplicava a Clarissa, tão transparente em certos sentidos, tão imperscrutável em outros), com certeza ela dizia consigo: Como somos uma espécie condenada prisioneira num barco que naufraga(...) como tudo é uma farsa de mau gosto , desempenhemos, afinal de contas, nosso papel; mitiguemos as penas dos nossos companheiros de prisão; decoremos o calabouço com flores e almofadas (...) ( Virginia Woolf,Mrs. Dalloway, 1980, p.80)