!!!Fausto, 27 anos, caminhoneiro de profissão, casado (aborrecido). Escrevo desde 99, ano em que uma desilusão amorosa me lançou numa de escrever para libertar o que na época eu classificava como dor. Não era dor. Dor é coisa bem diferente.
Comecei com poesias bem melosas, sempre visando curtir minha tristeza e enlevar minha bem-amada. Atualmente nao leio poesias.
Na seqüencia esbocei enredos de livros. Em 2000 comecei a escrever um livro de fantasia que absorveu grande parte de mim até 2002. O livro, um sucesso estrondoso em minhas fantasias mais malucas, foi engavetado. Nesse ano surgiu um concurso cujo prêmio principal era a edição do livro vencedor. Interrompi a segunda parte do meu livro de fantasia (a primeira tem 700 páginas e meus planos eram 5 volumes) e escrevi uma histórieta de cunho social, de 70 páginas. Venci o concurso, ganhei prêmios, assinei contrato e vivi de promessa. O livro não saiu.
Por ter vencido com esse tipo de história, coloquei meu livro de fantasia de lado (a saber, Nêmesis) e me dediquei a outra história "de favela" (Sâo Paulo, o sonho). Foram cinco longos e malditos anos escrevendo. Muitas, inúmeras vezes eu me deprimi. Escrevi a história numa linguagem arcaica, de 150 anos atrás. Na revisão, vi que não daria certo. Reescrevi. Aditei, cortei, me deprimi. Ao final de cinco anos estavam prontas as mais de 600 páginas (um exagero, mas não sei escrever pouco). Enviei para algumas editoras. Todas me enviaram uma carta negando a publicação de minha obra.
Então deixei esse livro escrito de lado e me lancei numa história mais ambiciosa, num morro, com sete garotas. Não terminei. Atualmente leio trechos dessa história e sinto uma grande força nela. Qualquer dia desses a gente se reencontra.
No momento voltei a escrever. Peguei aquele livro lá, o que venceu e não ganhou, e dei-lhe um esmerado banho de loja. Faltam 3 páginas (do original) para que eu acabe. Vamos ver no que dá!
Não consigo escrever histórias curtas. Tenho quatro contos de um livro que eu pretendia escrever e editar por conta própria na minha impressora e vender na praia. A idéia virou cinzas, mas os textos ficaram.