Um cinéfilo de plantão que acredita austeramente numa função social do cinema, e logo na necessidade de engajar esta arte, de modo a levar o espectador a uma circunspecção sob si e o mundo que o cerca. No entanto acredito que a geração hodierna presencia eventos, os quais escapam da temática abordada nos cinemas. Assim como o que ocorre no domínio das artes, percebe-se uma defasagem entre o que "acontece", e o capturado, o arquivado em registro histórico, como um filme. Mas aquele que for capaz de antever o venturo, é tido, no mínimo, como um pessimista, um mal intencionado e até como um mentecapto. Não que quem se predispõe a entender o porvindouro vá ter êxito na sua expectativa, mas parece que, a cada dia findo, não há como nos afastar dum pôr do sol deveras obscuro.