Vem, vem gozar da minha loucura e ficar completamente louco, para que a sua loucura possa enlouquecer minha lucidez, que já não é tanta, tampouco santa, mas uma coisa a de provar...
Provará que tudo isso é ilusivo, e nessa ilusão ilustraremos o ilustre ser que o espelha...você mesmo!
A tua face pintada a guache em telas brancas, seja uma tela sem forma, quadrada ou circular, como a lua cheia grandiosa que faz do céu e das estrelas seu véu brilhante, o seu lar.
Vem, entre na ciranda para recitar aos imortais: Mozart, Goethe e muito mais. Gire, rode e sinta o vento.
Profane as etiquetas, os rótulos e as regras, acredite: elas não são úteis, não precisa se preocupar, pois hoje, somos os teantropos do nosso tempo, criamos, usamos e desfazemos tudo, e tudo é prazeroso como "sonhar"...
E no sonho estamos bebendo vinho e tecendo à sombra de uma cerejeira, um balaio de esperanças. Vamos agora para a "Cidade de Prata", sentar a beira do mar de papel, mar onde outrora brincamos de piratas e, apreciando o pôr-do-sol comíamos torradas com mel.
Temos é que brincar e provar que estamos vivos, e voltar a ser crianças! Desejo um Evoé, aos "Outros", aos "Invisíveis", aos "Poetas", aos "Anônimos" e as "Atrizes".
Então vem, vem gozar da minha loucura, da sua loucura, da nossa loucura, a loucura dos sábios, pra juntos dormir no balaio de esperanças, porque a loucura é a única coisa que nos faz realmente ser felizes...