Sou escrivinhadora, desenhante, ser pensante eu sou.
O que penso e o que falo não se escreve.
Mas teimosa e abusada me preparo como se deve.
Me armo de caneta, lápis, giz, computador, carvão.
Escrevo em caderno, papel higiênico, guardanapo, areia, papel de pão,
Escrevo até na palma da mão.
No blindex do chuveiro com vapor,
Desenho letras da mental desarmonia.
No mundo dos riscos, traços e palavras
Me aventurar não devia,
Mas fecho os olhos e simplesmente vou.