Bicho-do-mato,
Minha natureza
Rei sem súditos,
Minha forma de realeza.
Fora da realidade,
Não me dei conta de que a monarquia caiu
Sigo reinando ninguém
Depois que o castelo ruiu.
Sempre em dívida,
Nunca dei calote;
Sempre em dúvida,
Decidir não é meu forte.
Ensolarado quando chove
Tempo fechado no verão
Fascinado pelo "jeito que ela se move" -
Dizia George naquela canção.
Caçador de animais extintos
Pseudo-escritor intermitente
Pra compensar o que eu não minto
Crio verdades facilmente.
Alma inconformada, me conformo em confirmar
O que acredito ser o meu destino:
Sofrer sem uma lágrima derramar
Inocente como um menino
Criado preso no seu lar.
O que me toca é a música que não toco,
A mulher que não me olha...
Uma luz fora de foco
É quem guia minha história!
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(Luiz H. R. Freitas) - fev/2008