Sou piá arteiro de 65 anos, sou viúvo da mulher mais doce que conheci, Maria Lúcia foi confidente, companheira, melhor amiga, amante (e muito amada), era testemunha do meu saber e poder (e eu dela, claro).  E amo muito a vida.

Não sou escritor, muito menos poeta, não tenho esta ousadia.  Mas gosto de fazer uns rabiscos, rasguei e queimei a maioria, arrependo-me hoje, porque o "não gostar" do que escrevo eu já tenho então deveria ter guardado, hoje teria muito mais para mostrar e tentar um "sim, vai em frente, está indo bem".  Quem sabe. Os que sobreviveram e os que hoje sem medo exponho são pouco, muito pouco do que saiu da cachola.  Em frente.