Autores

Perfil

Nasci em 14 de setembro de 1963, meus pais me deram meu nome, Shahriyar, em homenagem um personagem do livro 1001 noites. Escrever é quase um prazer fisiológico nascido de minha hiperatividade mental des de tenra idade. Pensamentos, escrevo vários, registro relatos de minha vida, sendo que meu primeiro livro escrito a mão, se perdeu, mas felizmente ainda conseguir digitar o primeiro capítulo de minha auto biografia que relato a seguir:

 

Cap 01 – Fantasmas (Shahriyar Tahan, uma auto-biografia)

 

Minha história é simples, porém um pouco confusa de uma mente que não conhece o próprio mundo em tantos mundos que poderia se adaptar. Minha mente é um território vasto e diversificado, mas durante muito tempo só me percebi em meio a um território árido de dunas, mas minha vontade parecia não prevalecer em meu desenvolvimento e isso trazia um sentimento indefinido e com falta de autoconhecimento, um desgoverno. Eu não tinha em mim a união de minhas raízes, não sabia de minha origem. Parece que tudo começou quando nasci em 1963, mas somos consequência de nossas raízes então tudo começou bem antes.

 

Bombas, explosões, um túnel do atirador, prédios desmoronados... em meio a poeira eu corria buscando refúgio e um lugar onde pudesse escolher meu alvo. Depois do bombardeio o exército inimigo virá e eu preciso me esconder. Minha AK47 tem alcance de 300 metros e os fuzis inimigos têm alcance maior, mas eu preciso defender a síria, meu país.

 

Acordo de maneira suave pois já estou acostumado em ter sonhos com as histórias de guerra de meu pai, uma vida que não é minha, mas que por alguma razão eu insisto em revivê-la como protagonista. Se o passado te assombra é porque não deixou de ser presente.

 

Viver uma religião que não é sua, com hábitos que você sente que não são seus e uma guerra que não é sua te impede de viver seus próprios conflitos e vivendo os conflitos alheios você nunca saberá quem você realmente é e calçará eternamente uma bota desconfortável... A porta se abre trazendo um convite para o almoço e o cheiro me transporta para uma infância distante, interrompida pelas mesmas conversas de sempre, religião e guerra, meus fantasmas. Que bom que eu já tinha decidido abandonar tudo isso indo para faculdade. Sair de casa de uma forma planejada seria construir sozinho meu próprio mundo, um pouco de racionalidade me faria bem.