Por vezes alegre, por horas em demasia envolta por uma
melancolia que me acompanha e persegue.
Sorrio pouco e quase sempre a tristeza toma conta do meu
corpo. Porém, tenho um humor afiado e bem peculiar.
Não sou de multidões. Instalo-me pelos cantos. Seja na
minha casa, seja num outro ambiente qualquer.
Do meu formato rebuscado, intrigado, curioso, cético e
deveras sensível retiro minhas crias. Sirvo-me da poesia
para me suster.
João Gabriel e Pedro Henrique, meus filhos, acolheram-me
dentro do meu formato. Mas, são esses dois rapazes que
fazem com que eu mantenha os pés no chão e recorra à
realidade da vida e do dia-a-dia.
Durmo acompanhada de cadernos, blocos, canetas, notebook,
dvds, caixas e enquanto repouso tenho alguns 'insights'.
Carrego comigo na bolsa, sempre, dois blocos. Se me
ocorre uma frase, esteja eu em qualquer lugar, páro para
anotá-la. Normalmente desses pedaços saem poemas imensos
e ricos em profundidade e estilo.
Somente exponho mostras do que escrevo no meu blog por
considerar-me uma poetisa MESMO. Se ao lê-los me ocorrer
sinais de mediocridade jamais divulgarei. Minha auto-
crítica não permitiria.
Também trabalho imagens. Possuo um outro blog o qual
chamo de Narciso Desconjuntado. Eu sou a pessoa
retratada, tiro fotos de mim mesma, e manipulo-as em
programas de designer gráfico.
No meu blog de poesias ao postar algo costumo inserir uma
imagem. O nome do blog é Palavras, Prosas e Poesias.
Minha cabeça funciona muito acelerada. Quisera eu poder
desligá-la um pouco e repousar a mente.
Meu coração palpita e absorve mágoas e dores com
faclidade.
Aos quarenta e oito anos divago e me perco como se
tivesse cinco anos somente.
João Gabriel e Pedro Henrique mantém minha pessoa em
equilíbrio e sintonia.
Quisera poder publicar um livro de poemas todos os anos.
Eis aí um dos meus desejos. O outro é fazer uma viagem
para o exterior sozinha.
Sou apaixonada por cinema. Tenho uma coleção de dvds, em
torno de 300 títulos.
Sou assim, eu em mim, eu sem fim, eu indo, eu voltando,
eu sempre, eu ausente, eu frequente, eu nada, intitulada
mulher estranha, intitulada, por vezes, mulher errada.
