Sou um oxímoro. Talvez essa seja a melhor palavra para (não) definir o que (não) sou. Atualmente sou estudante de letras da Uerj e atuo na área de avaliação da conformidade.
Adoro poesia, sobretudo as de Pessoa e seus heterônimos. Também gosto muito de romances, inclusive tenho gostado muito dos autores contemporâneos. Mas, nada melhor do que o mestre Caeiro.
"Há tão poucas pessoas que amam as paisagens que não existem" (1), e eu sou uma delas. Vivo imaginando como as coisas poderiam ter sido, e nunca me contento com o que são.
Suspeito de tudo e de todos, inclusive de mim e de tudo que penso ver. "O mundo não foi feito para pensarmos nele, mas para olharmos e estarmos de acordo", disse o Mestre.
Eu preciso a cada dia suspeitar que existo. E a poesia preenche, quando a sinto, todos os vazios que - suspeito -, poderia ter. Mas, ainda acho que os vazios na alma são poéticos.
