Talvez você sequer me conheça. Não sou famoso, não sou seu conhecido, não significo nada para você. Então te pergunto: por que está lendo sobre mim? "Porque sou curioso", ou "porque gostei dos teus textos" são as respostas mais prováveis. Se gostou dos meus textos, é porque eu consegui emocioná-lo, pois esse é o meu ideal de escrita. E não estou falando de fazer apenas você chorar como um bebêzão para depois se esquecer de mim. Quero despertar-lhe as mesmas emoções que um amigo íntimo: seja fazendo-o rir ou chorar; posso deixá-lo apaixonado por minhas estórias ( e consequentemente querendo que elas nunca cabem ) ou ansiosos por descobrir logo o tão esperado final.
Não tenho medo de morrer. E isso não se deve exclusivamente ao fato de quê acredito na Vida eterna; sei que mesmo que meu corpo desaparecesse para sempre, posso imortalizar minha alma através das letras: criar o quê Masaharu Taniguchi chamou de Valor Eterno. E esse valor não se refere a ser lembrado para sempre por qualquer coisa: Hitler nunca será esquecido, mas ele não se imortalizou. Isso porque não desperta nenhuma emoção em ninguém, apenas em quem sobreviveu à Segunda Guerra Mundial, que por sua vez um dia também perecerão carnalmente.
Não é isso o quê vou quero - e o quê vou -fazer de minha vida. O valor eterno me espera, mesmo que eu precise melhorar na escrita para alcançá-lo. Tenho apenas catorze anos; a minha vida está só começando. E não adianta retrucar que os jovens são sonhadores, que daqui há dez anos só estarei pensando no fim do mês. Não acredito que sonhos pequenos sejam fáceis de realizar por mais que me digam isso; me consta que quanto mais alto for meu objetivo, maior será a minha dedicação para realizá-lo.