Hoje, aos 42 anos, posso dizer que, sim, agora sim, começo a buscar por respostas, começo a procura pelo sentido de estar aqui, num pedaço ínfimo de terra, nesse momento da existência dela, não da minha. As únicas coisas que eu posso dizer que eu sentia fazer sentido, eram a simplicidade da vida campeira, a agitação paradoxal do mar, da areia, do vento e a brisa emanada, uma paixão quase que inexplicável por animais, e nesse mundo vasto de animais me assumo uma gateira de carteirinha, existe uma conexão com os bichanos indescritível.
Mas como tudo na vida, muda, ou se mantém, mas se permite acrescentar algo mais, ao longo dos anos, novos elementos foram compondo e permeando minhas aspirações, meu gosto... o mundo do vento no rosto, além daquele lá, da beira do mar, é uma constante, senti-lo a partir de um passeio de moto é uma das melhores sensações e aí entrou também a sensação de estar em lugares que aprecio, como o interior, na sua maneira mais dura, através de um 4x4, que era totalmente desconhecido, mas eu conheci e não quero mais deixá-lo de lado.
Recentemente eu redescobri, perceba, REDESCOBRI, numa revirada de páginas passeando ao longo dos anos vividos, a vontade de expressar como vejo e como sinto o mundo ao meu redor, através de textos e o que fez as páginas revirarem e trazer de volta essa vontade foi a fotografia, e cá estou eu, tentando falar e mostrar ao mundo, ou pra mim mesma, como eu estou aqui no meu pedaço de tempo da vida do mundo, vendo tudo pelas fotos e textos que elas me inspiram escrever.
E para finalizar, não poderia deixar de falar da trilha sonora da minha vida: sou admiradora de um belo Rock 'N Roll e esse som sempre esteve lá, não mudou, não perdeu a essência, quiçá refinou.
Espero que consiga inspirar e trazer alguma resposta, porque não, a quem possa ser tocado, pela foto ou pelo texto.
Prazer, sou a Rê Sampaio Calheiros!