Estou sempre alternando entre o visível e o invisível, tentando conciliar as dores do mundo empírico com o meu mundo ficto. Vivendo num universo particular, sorrio e choro com toda a liberdade que me permito sentir. Para mim, solidão é presente; companhia é passado; o misto das duas anteriores é futuro. Vivo na condição de poeta que só aprendeu a amar, assim como na de criança que só aprendeu a dizer a verdade. Partícipe dos grandes desafios e defensor de uma vida agitada pelas cidades invisíveis, percorro os trilhos mais fantásticos da minha imaginação. Livre de preconceitos e amarras do século atual, tento me desvencilhar dos pesos que a sociedade real insiste em impor. Admirador fiel do realismo fantástico, vivo em torno de um exagero doentio e da busca incessante e contrastante entre a perfeição e os erros. Pra alcançar o equilíbrio, cortejo a insanidade. Escrever é um vício, viver é outro maior ainda.