Nasci das sombras de minhas próprias entranhas, moldado pelo sussurro dos desejos que a sociedade tem medo de nomear. Sou Cleyton Berkaial, um homem cuja essência é a intersecção entre o abismo e a carne, entre o pensamento visceral e o verbo despido de pudor. Minha escrita é um reflexo dos subterrâneos do ser, daquilo que rasteja na alma e que poucos ousam trazer à luz. Não busco a beleza — ela me é indiferente. O que procuro é o despir do corpo e da mente, o revelar da fragilidade humana sob a máscara da moralidade.

Cada poema, cada conto que crio é um espelho quebrado da realidade, um retrato distorcido do desejo em sua forma mais crua e animalesca. Não há espaço para a pureza ou para a santidade em minhas palavras. Sou o poeta da carne, da podridão que consome lentamente o espírito, e nas minhas páginas, o prazer e a dor se entrelaçam como amantes em um leito sujo e sombrio.

Influenciado por bardos que cuspiram verdades em bocas sujas, meu caminho é o do confronto, da centelha infernal que arde em minhas veias. Não sou um deus, nem um demônio, mas o intermediário entre o que pulsa na terra e o que se esvai no vazio. Cleyton Berkaial não é apenas um nome; é uma entidade que se alimenta da corrupção do ser e da beleza brutal da decadência humana.

Sou o poeta da carne, da decomposição e do desejo.