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Perfil

Sou Luciene Bezerra de Lima, filha de Antônio Bezerra de Lima e Maria Oliveira Lima. Nasci em Santa Rita/PB - Brasil. Cidade das águas minerais, da cana de açúcar, das usinas de açúcar e álcool, terra de gente boa, festa da Páscoa (Semana Santa), festa da padroeira (Santa Rita de Cássia), festa junina - uma das melhores do estado paraibano. 

 

Na minha época escolar as crianças entravam na escola com 6 anos de idade. Eu já estava eufórica, com ansiedade para estudar, pois meu pai lia muito pra mim e entrava no personagem das leituras; eu sonhava com a leitura e quando completei 7 anos, lembro até hoje como as letras entraram na minha mente. Comecei a ler tudo que vinha na minha frente e até hoje sou assim. Meu pai era meu herói, sempre contando histórias e representando seus personagens (eu que o diga, muito bem representado) rsrsrs…foi amor à primeira vista: leitura e Luciene (rsrsrs). 

 

Passei por momentos difíceis na minha infância, era a filha doentinha (hospital e casa), mal ia pra escola, mas concluí o ensino fundamental. Na minha adolescência também tive problemas com saúde e era uma vida chata (hospital e casa). Lembro que fui pra aula (estudava pela manhã) e lá me deu crise de asma; fui levada pro hospital e minha mãe veio com muita tristeza no rosto, só me abraçou, era tão gostoso seu abraço…sinto falta! Com muita dificuldade concluí o ensino médio. 

 

Fiz uma missão pela "A Igreja De Jesus Cristo Dos Santos Dos Últimos Dias". Foi uma experiência boa, ajudar as pessoas nas suas dificuldades. Conheci, Brasília (capital do País) e suas cidades satélites. Conheci Tocantins (Palmas-capital), pessoas maravilhosas, sinto falta desse tempo. 

 

Conheci um homem, com quem me casei, tivemos dois filhos, meus verdadeiros amores: uma menina e um menino (este, infelizmente, faleceu de acidente na oficina do pai aos nove anos de idade). Hoje sinto uma dor, um vazio que não me solta. Isso ocorreu em 2021, foi uma experiência horrível, uma dor que não sei explicar ou expressar. Ver o filho na UTI, com 75% do corpinho queimado não é fácil... Mesmo assim fiquei com ele, sempre falando: mamãe tá aqui ao seu lado... Numa noite o médico disse: mãe, pode falar com seu filho; falei com o nó na garganta e as lágrimas caindo no rosto. Ele com o corpo todo engessado, levantou seu bracinho, acariciou meu rosto e me confortou como sempre fazia comigo. Sinto falta das suas risadas e gargalhadas, até mesmo do pum que soltava todas as manhãs, era muito divertido. 

 

Divorciei do pai de meus filhos em 2023. Hoje estudo enfermagem na FESVIP - Faculdade São Vicente de Paula, em João Pessoa/PB no turno da noite. Trabalho como Técnico de Agente Comunitário de Saúde, no PSF Célia Santiago, em santa Rita/PB, no turno diurno. Amo o meu trabalho e meus estudos; professores maravilhosos e colegas também. É muito motivador. 

 

Comecei a escrever e postar aqui incentivada por um amigo virtual. Está sendo uma experiência nova e gratificante. Nem sabia dessa potencialidade. Mas estou gostando…