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A bem da verdade é que escrevo sempre o mesmo poema. Ele me recontinua há tanto tempo que sequer sei onde eu termino e ele começa. É um poema sem fim - e eu também sou. Bebo da mesma fonte (e talvez daí venha a construção cíclica dos versos) pra que ele ressurja de tempos em tempos. Há algumas eras entre o encontro e o desencontro mas, ainda assim, enxergo que o tempo não só separa, como conduz. Só por isso os reencontros são possiveis. Só por isso eles invariavelmente acontecem, mesmo que as escolhas sejam em um sentido contrário. Só por isso cada reencontro é uma dádiva.

O bebericar do verde-âmbar dos olhos é, por certo, o que alimenta cada uma dessas rimas. Não me agrada, mas também não recuso.

Se eu fosse você, começaria a leitura pelo Nera XI. Considero, com toda humildade do mundo, uma obra-prima.

 

• 29 anos • RJ • Mãe de pet • Produtora cultural • Vacinada • Sempre à esquerda •