Vertendo palavras...
Existe inspiração mais bonita que a desinspiração existencial
Que as lágrimas que chovem de olhos secos
Ou o amor febril que nos força a esquecer de nós mesmos...
Cada verso proferido
Ainda que da boca muda
Rouca ou insólita
Originários de cordas cansadas
Lindas cordas de cravo
Intocados, puros
Neles encerrado
E rumando o fim...
Tenho saudade do ferro
E do cabo velho e rachado
Acima da palmas calejadas
Mãos motrizes da destruição
O fim embalado por cravos e aço.