A experiência compele-me ao artifício das máscaras e a necessidade da troca quando esgarçadas pelo uso.
A eterna caçada me imposta por Cronos criou-me o hábito do olhar por sobre os ombros, o espreitar nas esquinas e o espiar furtivo pelos becos sujos.
Os cabelos de Medusa fizeram-me temer e desdenhar os espelhos. Colares de alho não me protegem de mim mesma e a prata, em noites de lua, me ferem de morte.
Há séculos que os ancestrais me condenaram a este corpo frágil e quebradiço... daí a armadura.
Sou Alfa de minha matilha de um único indíviduo - mas continuo uivando para cahmá-la à caça - e a cruz no peito não é de Templário, antes são cicatrizes de outras Inquizições.
Sou presa fácil de mim mesmo quando me faço de predadora.
Meu coração? Este permanece impuramente puro...