A minha forma de fazer literatura é diversa e única, tentando ser o mais autoral possível, apesar de ser ignorante da parte do autor se dizer inovador e revolucionário. Sempre existe alguém que já falou mais e melhor sobre tal assunto. Mas o que torna o escritor único é o modo com que ele aborda tal realidade e como é sua sensibilidade – com quanta profundidade ele é capaz de falar sobre tal assunto. Minha literatura é existencialista e ao mesmo tempo fictícia. O que faço é esboçar histórias com teor mitológico, mas uso um apocalipse moral como elemento central da trama; uma inversão de valores ou uma discussão sobre algo do cotidiano. É um pouco difícil me explicar, essa “carta ao leitor” serve apenas para tirar um pouco da confusão que meu texto pode provocar naquele que se depara com meu modo de escrita pela primeira vez. O senhor, caro leitor, encontrará nessas páginas um pouco de tudo e espero que minhas palavras mudem, pelo menos um pouco, sua visão do mundo e das pessoas. Acredito que a boa literatura existe quando o autor lê o leitor, mas nunca o contrário. Não é dizer o que o leitor deseja, mas procurar desvendar a natureza humana, nem que seja por alguns instantes. Isso é literatura de alto nível.