Minha alma quer ser em tudo no caminho
Ando pela estrada , e m´alma vai se despindo
M´ alma se entrega nas pedras frias da chuva
Levando-se pelo vento
que a beija a pele e a arrepia
Se entrega em cada folha que cai
que o vento leva e a alivia
O mesmo vento que a afaga
é o que apaga os passos no caminho
Vai se deixando na lembrança da aurora
No infinito laranja que a amanheceu
Vai se deixando nos roncos dos carros
Que foram passando ...
Vai por metades nas folhas que caem
Da arvore ...
M´alma vive e se deixa perder ...nas coisas findas
Na verdade que tem com o efêmero
Permite ser em cada instante de esquecimento
M´alma é breve e pequena
Caminha a esmo e aos poucos se faz
em saltos nos infinitos de inexistência