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Eu, FRANCISCO DE ASSIS SILVA,

Sou amante da poesia lírica e gosto de pessoas que aderem escrever também. Tenho uma participação numa coletânea de poesia lançada em dezembro de 2014, "PALAVRA É ARTE", pela CULTURAL EDITORA de Campinas-SP. Nesta coletânia tomo parte com 15 poemas; a maioria homenageando meus familiares. São filhas, netas e amigos. 


Minha firmeza:

"EU, POR MIM, SOU FELIZ PORQUE AMO E SOU AMADO, NEM ME ENVERGONHO NUNCA DE FALAR DE AMOR"!.  .

            VERSOS A JESUS
 
                       (Fco Assis)
 
Serviu-te a manjedoura humilde de começo,
Nem palácios reais, nem berço de cetim,
-Aliás, para pregares a Obra que conheço
tu só podias mesmo ter nascido assim...
 
Decorei tua história e dela não me esqueço
Porque sei que tu fostes humano e igual a mim,
-E sofreste, e sonhaste, e pagaste por preço
Do teu sonho o Calvário que aureolou teu fim!
 
Sem falsas liturgias revelaste a Vida,
E curvado, com o peso da cruz sobre os ombros
sangraste os pés desnudos na íngreme subida...
 
Inútil sacrifício!... Hoje, apóstolos teus
Reduzindo a grandeza do teu sonho a escombros
Mercadejam teus restos em nome de Deus!

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NAQUELA IGREJA DA SERRA
 
(Fco Assis)
 
Numas férias que passei
Quando ainda era criança,
-Hoje lembro com saudade...
Saí da minha cidade,
Fui a um campo, na serra.
Ia às noites p'ras novenas;
-Que noites lindas, serenas!
Eu tinha bem pouca idade.
Mesmo assim, me divertia
Sentindo imensa alegria
Ouvindo o povo resar
Na igreja, me ajoelhava
Com a mente também orava
P'ra Deus assim me ajudar!
Há muito tempo passou-se
Aquelas férias de paz;
Quinze dias que brinquei
Bem longe, estão p'ra trás!
Me lembro daquela igreja
Que em infância visitei,
Dos tempos que alí passei
Com as crianças do lugar.
-Meu avô sempre dizia
"Que nosso Senhor existia
Lá dentro daquele altar!
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Este foi meu 1º poema: 1964!

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SER CRENTE
 
 
(Fco Assis)
 
Ser crente é acreditar num Deus que é caridade;
É a esperança que alenta e a fé que nos redime,
É sentir dentro d’alma essa doce vontade
de semear o bem, de combater o crime.
 
Ser crente é refletir de Jesus a humildade;
Para os outros vivendo em renúncia sublime!
É ter sempre um conforto a dor que o peito invade,
É ter sempre um consolo a tristeza que oprime.
 
Ser crente é conquistar para Deus que perdoa
De uma existência má para uma vida boa;
 -O coração que sofre o peso de um label!
 
Ser crente é possuir como um prêmio fecundo
O encanto de viver e ser feliz no mundo,
A glória de morrer e ser feliz no céu!

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                  DUETO A AMANDA
                                                (Fco Assis)
             (a minha 1ª filha)
 
Vejo em teu sorriso a inocência, a candura,
A pureza de um hino angelical;
És rainha do amor e da ternura
Com teu olhar cândido de dom celestial.
 
Quando esboça um riso casto, virginal,
Se estampa em teu rosto um mundo de ventura!
Quando ainda a dormir no colo maternal,
Vê-se em teu ser um ídolo na mais bela escultura!
 
Os versos que compus com fantasia
Pra ti, fiz um dueto em forma de ciranda
E te dedico agora com toda alegria,
 
Minha pequenina deusa de Aruanda...
Em nosso lar és a flor, és a poesia,
Enfim, toda beleza encontro em ti, Amanda!


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                           TIMIDEZ
 
(Fcº Assis)
 
Eu sei que é sempre assim – longe dela imagino
Mil versos que não fiz mas que ainda hei de compor,
Perto dela, - meu Deus!... lembro mas um menino
Que esquecesse a lição diante do professor...
 
Penso, que a minha voz terá sons de violino
Enchendo os seus ouvidos de canções de amor,
- e hei de deixá-la tonta do vinho doce e fino
Dos meus beijos, no instante em que minha ela for...
 
Ao seu lado, no entanto, encabulo, emudeço,
E se os seus lábios frios, trêmulos, se calam,
Eu, de tudo, das coisas, de mim mesmo, esqueço...
 
E ficamos assim, ela em silêncio... eu mudo...
Mas meus olhos nem sei... ah! quantas coisas falam!
E seus olhos, meu Deus!... Ah! Dizem tudo, tudo!
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