Eu sou apenas uma, mas dentro de mim existem várias de mim, que não deixam de ser eu.
Para começar eu não me considero uma pessoa, eu sou sentimentos. Sentimentos bons e ruins com quais nem todos sabem lidar, nem eu mesma, e a culpa não é minha, mas de toda forma sempre sobra pra mim. Desculpa aí, mas eu gosto de deixar as coisas claras, ser sincera o máximo possível, mesmo que isso faça com que eu perca as pessoas ao redor. Tudo bem se você quer amiguinhos que fingem e falam mentiras pra te agradar, lhe desejo boa sorte, porque a borboleta aqui não tem saco e muito menos tempo pra isso.
Meu humor varia conforme o que recebo, não nesse momento que me encontro, perdida… tem horas que não tenho paciência pra ninguém, nem pra eu mesmo. Quando eu tiver de cara fechada, faça um favor: NÃO-CHEGUE-NEM-PERTO-DE-MIM. Eu tenho limites e se você não compreender isso você vai ouvir o que quer e o que não quer de mim, sem jeito e com todo jeito do mundo quando equilibrada, segura e valorizada!
Também sou um amor de pessoa, gosto de falar pra quem eu gosto: eu te amo, e não é aquele eu te amo vazio, é de verdade mesmo, se você me ouvir falando isso pra você é porque eu acho que você realmente merece.
O que eu não gosto mesmo é ouvir gente que nem/mal me conhece falando que sou isso e aquilo. Gente desse tipo eu passo longe, e nem dou ousadia. Um pouco de desprezo pra eles, economiza muito ódio e tempo. Meu sol sabe bem a intensidade dos meus sentimentos!
Eu sou varias coisas, sou música, sou risos, sou choro, sou poesia, sou o vento que passa, sou o simples, sou o complexo, sou um pouco de cada pessoa que passa em minha vida, mas ninguém parece entender. Eu tenho medo de mim por ser assim, mas tenho orgulho ao mesmo tempo, porque nos dias de hoje é raro você encontrar alguém que olhe na sua cara e fale: verdades e tudo que lhe vier na cabeça sem medo das conseqüências que podem surgir depois, devido a ser um tanto impulsiva! Essa sou eu, sentimentos puros, sincera ao extremo e chata, muito chata. Mas se você não quiser me agüentar, você não é obrigado, pois em todas as esquinas você pode encontrar pessoas para me substituir. Alguém que não seja tão sincera e verdadeira como eu sou, alguém que daqui a alguns dias vai te decepcionar.
Sou chata, mas sou a melhor amiga que tu podes ter…sou uma ótima ouvinte também, mas ferida me transformo, luto pelo que quero nem que não chegue lá por ser sonhadora! Sofro ao ver injustiças, sou vaidosa, caprichosa e cheirosa…sei lidar bem com a minha sexualidade mas não soube lidar com o fato de me achar feia!
Sou chata, são poucos que sabem lidar comigo, não sei explicar o que eu sinto, muito menos quem sou. Mas tenha certeza de uma coisa, eu sou uma pessoa de coração enorme, sincero e quase puro (quase porque ninguém é 100% bom em nada). Às vezes também deixo meus lados sombrios tomar conta de mim um pouco, e tenho medo.
Às vezes sinto uma necessidade de colocar tudo pra fora, mas não sou muito boa em falar o que eu sinto, parece que existe um bloqueio na comunicação oral, tenho quase certeza. E acontece que se você guarda sempre tudo pra você, você junta peso, lembranças, amarguras e decepções demais, e isso toma o seu tempo de uma forma que pode se tornar incontrolável. Te deixa triste, de mau humor e estressado. E eu sempre fui assim (na verdade ainda sou): uma mistura de sentimentos, bons e ruins. Só que tudo isso é como uma balança, e uma hora pesa mais de um lado do que o outro e me falam tanto em manter o controle de sentimentos. Mas ninguém me mostrou um botão pra ligar e desligar sensações, nem muito menos aprendi na escola alguma matéria chamada: Lidando com a dor e as alegrias. Entendi que posso perder pessoas por isso, por não saber, como posso explicar? Por não saber ser me conter, se estou alegre, estou alegre demais e se estou triste, estou triste demais, é assim 8 ou 80, não vou fingir felicidade estando triste, não é pra mim. E assim um belo dia eu resolvi pegar uma caneta e um papel, e comecei a tentar expulsar demônios de mim, esses sentimentos ruins e também tentar demonstrar minha felicidade, nem sempre é fácil, nem sempre consigo, mas é assim que consigo me deixar mais leve, escrevendo. E tem gente que diz que gosta do que escrevo, tem gente que diz que não sei escrever, mas ta aí uma coisa que eu queria perguntar: ainda não deu pra perceber que não sou escritor nem domino todas as regras da linguagem? Já disse que faço isso pra ficar mais leve, se alguém encaixa o que escrevo nos sentimentos dele é conseqüência. E tudo que eu preciso agora é um caderno novo, uma caneta nova, pra começar a escrever outra história, uma história de vida que ninguém jamais escreveu antes. A minha e em breve a nossa meu sol!