Primeiramente um amante da vida, do desafio, da paz, da natureza. De tudo que alimenta, contagia e preenche de maneira valorosa. Passei praticamente mais de duas décadas mergulhado no melhor da paz no interior do Estado. No entanto meu encontro com a literatura deu-se por volta dos 7 anos de idade, na propriedade rural onde me criei. Em contato com ícones como José Lins do Rego, Graciliano Ramos ,José Américo de Almeida (entre tantos outros clássicos ) consegui reparar a carga lírica do ambiente que me cercava em contraste com o universo anterior , onde ainda na área urbana vagava pelo rigor dos colégios católicos que se chocava com muitas descobertas. Precisava trazer o campo aberto para o papel.
A adolescência seguira o mesmo ritmo. Já em leituras mais avançadas, quase um noivado com clássicos franceses, resolvi de fato mergulhar na escrita. A estréia deu-se num concurso do colégio público, o qual me legara a oportunidade de conhecer a ABL - Academia Brasileira de Letrase ter um texto publicado numa antologia do Jornal Folha Dirigida.
Em seguida o Concurso de Poesias Casemiro Cunha, na ALV- Academia de Letras de Vassouras, dá-me o prazer de ocupar o primeiro lugar. Eis o primeiro dinheiro inocente faturado nas letras, em anexo veio a publicação de uma crônica modesta no Jornal Tribuna do Interior , sob o título "A Tarde", fato que até hoje agradeço.
Agora, o ponto de partida foi o romancista maranhense, exímio sabedor de Machado de Assis, Josué Montello (http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=784&sid=284) , autor de romances singulares, inclusive presidiu a ABL durante bom tempo. Josué era tio do meu padrinho de bastimo, anteriormente meu padrasto (proprietário da fazenda onde me criei). O contato com seus romances aconteceu na antiga biblioteca da fazenda, de onde retirei Voltaire, Poe, Hesse, Jane Austen, Proust, uns volumes de Sartre, e alguns clássicos brasileiros.
Também aprecio uma boa música, precisamente Bossa Nova e MPB ( pelas doces dissonâncias ao violão) e pelo conteúdo. Não deixo passar em branco um rock anos 70/80. Minha ligação à questão de conhecer música se deu há anos atrás quando tocava numa banda de categoria religiosa, em igreja protestante, como tecladista ( instrumento que domino e amo de paixão), onde aprendi melhor violão/ guitarra.
Atualmente escrevo mais para satisfação particular em detrimento do dia a dia corrido, objetivo, metas e sonhos. Trabalhando em segredo num livro maduro que traz toda esse ouro lírico da infância em choque com um adulto curioso e sentimental. Título ainda não definido. É obra que o tempo trará a lume....
* Em matéria de escrita manejo: crônica, ensaios, contos de categoria psicológica, soneto, verso livre,crítica.
Mais detalhes, segue link do blog: http://jluiz1984litebrasil.blogspot.com.br/