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Gosto das letras, e de trabalhar com elas. Ás vezes elas me causam surpresa quando formam uma frase... é bom isso, causa prazer. As reticências, eu as uso para que o leitor dê a sua continuidade no texto e me ajude a desenvolver o trabalho, mesmo que subjetivamente, e assim se torne meu aliado. Não gosto de fazer nada sozinho; me acho sempre pedindo palpites e quase sempre os uso.

Poeta talvez não seja a designação correta para gente assim. Aprendiz é o mais apropriado. Sendo assim, me descomprometo dos erros que cometo e sigo aprendendo mais e mais...

Este filho de Professora e de Agricultor vai levando a vida, com indecisão e sempre voltando atrás, tanto profissionalmente como nas atitudes mais simples. Menos nos negócios, levo prejuízos, mas uma vez feito, é coisa certa. A vida no interior, com carência de quase tudo, rendeu-me contemplações à natureza e aos animais, um filão para quem quer se pronunciar a respeito. Não falta assunto. A outra parte vivida na vida semiurbana e depois em metrópole dá um currículo crescente e com bagagem para viajar no Recanto das Letras, que é aberto a todos, democraticamente.

Pai de uma filha, bonita e inteligente; já plantei várias árvores – frugívoras... e ás vezes das que dão sombras e encantos, como o Ipê. Diante de tantas indecisões, formei-me em Gestão de Negócios Imobiliários e, felizmente na cidade onde moro se concilia um pouco a verticalização de moradias com parques e áreas verdes. Não é assim cem por cento, mas as coisas vão tomando forma, quem sabe um dia se chega ao plausível. 

Penso ainda em publicar um livro, mas vou aprender mais. Quando estiver embrionário, obviamente vou pedir ajuda a alguém para me auxiliar: para o pré-natal e na hora “h” para ajudá-lo a nascer, ou vou fazê-lo a quatro mãos. Tudo pode ser, o importante é que continuo indeciso. E isso é bom. É a minha característica.

Mas, bom mesmo é ter saúde e paz, o resto a gente corre atrás (gostei dessa -do Pedro Bial). Abraços, Odilon.