Não me vejo poeta - não venha dizer que sou escritor
Não me vejo artista - não venha dizer que sou declamador
Me vejo em alguns olhares, coisas do coração
Não me vejo homem, menino, macaco ou mulher
Não me vejo com frequência, tens razão
Não me vejo sendo outra coisa além desse tRAPo
Enfim, lhe trago, me trague, te trago essas palavras soltas, tortas, mortas, sentidas, fingidas, vividas, talvez perdidas, nas quais eu me me encontrei, me viciei. Palavras que sempre estiveram ali, e eu, distraído, me esbarrei.