Compartilharei algumas das crônicas que escrevi e que estão por muito tempo esquecidas na última gaveta da minha memória. Acredito que será uma forma de melhorar minha escrita, aguçar minha percepção do mundo, observar melhor as pessoas a minha volta, quem sabe me divertir um pouco e quem sabe ainda poder alegrar alguém por um minuto que seja.
Sempre admirei os escritores e cronistas que conseguem expressar suas ideias no papel com inteligência, bom humor, sensibilidade e senso crítico. Não tenho pretensão nenhuma de ser escritor, escrevo para aliviar minha mente, na verdade pesco ideias como vagalumes na minha cabeça e as coloco em um vidrinho, mas deixo-o sempre destampado, livres se um dia quiserem voar para outras bandas. Vou brincar um pouco de escrever, como uma criança que se arrisca a andar pela primeira vez, tropeçarei muitas vezes, mas isto não me impedirá de um dia dar passos mais seguros e quem sabe fazer da brincadeira um motivo para continuar vivendo a vida mais leve e equilibrada.
Moro em uma pequena e aconchegante cidade do interior do estado de São Paulo, chamada Bálsamo com cerca de 10 mil habitantes, mas trabalho por todo o Brasil. Amo minha pequena cidade. Gosto da vida simples, acolhedora, tranquila e ainda segura que ela proporciona à minha família. Muitas de minhas crônicas possuem como tema minha cidade, uma pequena homenagem a maravilhosa infância que lá passei, e porque não dizer, ainda passo, devo estar na terceira ou quarta infância.
Comecei a esboçar as primeiras crônicas com a chegada de meu filho. Na inexperiência de um pai babão de primeira viagem, descobri grande satisfação em contar as peripécias de meu baixinho aos amigos, daí pensei, por quê não escrever estas travessuras para um dia, quem sabe poder mostrar a ele quando for adulto. Resolvi compartilhar estas histórias com todos vocês. Os pais corujas de plantão com certeza se identificarão com algumas destas histórias.