Perfil
Falar de nós mesmos é sempre uma missão um tanto difícil, entretanto, é uma forma de autoconhecimento e até mesmo autocrítica, um momento singular de refletirmos sobre como estamos nos portando diante da vida e quais são as chances de mudarmos algo que talvez, não esteja caminhando bem. Então vamos lá...Sou Lucilene Zacouteguy Gazapina Espíndola, nascida em Alegrete, no Rio Grande de Sul, tenho 38 anos, sou professora, Bacharel em Direito, mãe, mulher, esposa, mas mais que isso sou simplesmente a Lu, pois é a forma como eu gosto de ser chamada. Sou casada com o Pedro Luiz desde 1999, e tenho uma filha maravilhosa, Ana Laura.Tive uma trajetória de vida, nada retilínea pois andei por diversos caminhos, que ao longo dos anos se econtraram e sem a mínima explicação acabaram se distanciando por algum motivo. Sou formada em Direito e Letras Português/Inglês e em 2013 concluo meu curso de Letras Português/Espanhol. Minha primeira experiência em sala de aula, se deu em 2002, momento único , de que lembro que ao sair da sala de aula, ter pensado: gostei disso....Período que se estendeu por aproximadamente 3 anos. Nos anos seguintes, não lecionei, tive a minha filha, e quando resolvi voltar ao trabalho, por alguma razão, que nem mesmo eu ao certo poderia explicar, optei por voltar à área do Direito. Permaneci por um curto período. Em 2008, em função do trabalho de meu marido, moramos no México, por aproximadamente 2 anos, por lá lecionei português, e por seis meses estudei espanhol na universidade. Retornando ao Brasil, ansiosa por colocar em prática as várias experiências adquiridas com a chance que tivemos de viver no exterior, resolvi voltar a sala de aula. Hoje, trabalho no Colégio São José em Tubarão, leciono Literatura, minha primeira grande paixão e Espanhol, segunda, para o ensino médio. Se a pergunta for: Você gosta do que faz? A resposta vem com um grande sorriso, amo. Eu posso estar passando por algum problema, alguma dificuldade, aquela linha limítrofe que divide o corredor da sala aula, é capaz de proporcionar em mim algo inexplicável, e me vejo lá, diante dos alunos e feliz, fazendo meu papel, como mediadora e incentivadora do querer saber. Vontade de desistir? Algumas vezes sim, afinal estar em sala de aula hoje é para os fortes, fortes no sentido da dificuldade que é lidar com os novos adolescentes, e por vezes eu desejei ser mais cética, menos amorosa, mais razão. mas aí, parei e pensei, não seria eu, não a Lu que eles conhecem e dizem: "Lu, teus olhos brilham quando tu dá aula", então o jeito é viver esse amor o tempo que for possível, e que seja sim, entrega total. Afinal o mundo está duro demais, para que nós educadores comecemos a pensar que temos que regular até mesmo o amor.