Eu sou um cara prestes a morrer de sede no deserto das palavras, na inquietude de meu ser. Os arquétipos de outras vidas vão dando lugar a propriedade do hoje, esvaziando-me das coisas vãs, e preenchendo-me de cultura. Sou um cesto de sementes “Porfirianas”, que ganharam raízes profundas, sobre uma fonte inesgotável de sabedoria, experiência e exemplo de vida.
Estou liberto das amarras, do cárcere, em que se encontrava a minha alma. Sou o remanso de um rio de águas tranquilas e calmas, verdejantes. Sou um andante do mundo, um amante da vida, cultuo a insatisfação de tudo que seja efêmero, passageiro. Mesmo vivendo na era do descartável, do reciclável. Que se recicle pra ser melhor, pra não viver uma vida em branco e preto, nem um arco-íris de tons lilás. Que se viva dia após dia, histórias de vida e morte, de fracassos e vitórias, de brigas e reconciliações, pois viver é uma arte e no palco da arte não existe lugar para os fúteis, os vazios, os sem talento algum.
Gosto mesmo é da linguagem poética, que faz do autor um artista da prosa e da rima, gosto de canções que me tocam a alma, que me fazem arrepiar entre os acordes, e os sons de meu violão. Gosto do natural com requinte, e do criativo jogo de palavras que encantam, cantam e desencantam a simples vida desse pobre rimador.
Agradeço aos amigos leitores, escritores, poetas, enfim a todos, pela oportunidade de gozar desse espaço, para se possível contribuir de alguma forma com alguns textos e aprender com vocês.